NotíciasMundoJustiça determina auditoria completa do processo eleitoral após pedido de Maduro

Justiça determina auditoria completa do processo eleitoral após pedido de Maduro

Tribunal inicia investigação para verificar os resultados das eleições de 28 de julho, enquanto a oposição e diversos países questionam a integridade do processo

| Autor: Redação

Foto: Federico PARRA / AFP

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela acatou o pedido de Nicolás Maduro para uma auditoria técnica detalhada das eleições realizadas em 28 de julho de 2024. A decisão do TSJ inclui a análise de todas as atas e documentos das mais de 30 mil mesas de votação para garantir a integridade do processo eleitoral.

A sala eleitoral do TSJ anunciou que “admite, avoca e inicia o processo de investigação e verificação” para certificar de maneira completa os resultados das eleições. O tribunal se comprometeu a assegurar a paz, a democracia e a ordem constitucional, garantindo que a vontade dos eleitores receba a devida proteção judicial.

Na votação, as atas com os resultados são distribuídas aos fiscais dos partidos presentes nos locais de votação, e esses documentos contêm códigos de verificação. A auditoria irá permitir a conferência desses dados.

A oposição tem divulgado na internet documentos que supostamente mostram a vitória do candidato Edmundo González. Baseado nesses dados, o governo dos Estados Unidos reconheceu a vitória da oposição. Países como Brasil, México e Colômbia também estão exigindo a divulgação dos dados desagregados e evitam reconhecer o resultado até que a auditoria seja completada.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) havia declarado, na madrugada de segunda-feira, 29, que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,21% dos votos, enquanto Edmundo González recebeu 44%. A ausência de dados detalhados por mesa levou a oposição e observadores internacionais a questionarem o resultado.

Segundo a legislação eleitoral da Venezuela, o CNE tem um prazo de 30 dias para publicar os resultados no Diário Oficial. Contudo, as auditorias pós-eleição ainda não foram realizadas devido a alegações de um ataque cibernético que atrasou os procedimentos

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