Justiça da Argentina condena ex-presidente à prisão
Cristina Kirchner poderá cumprir a pena em prisão domiciliar

Cristine Kirchner |Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Suprema Corte da Argentina confirmou nesta terça-feira (10) a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por administração fraudulenta, além de torná-la inelegível de forma vitalícia. O tribunal rejeitou o recurso apresentado pela defesa, mantendo a decisão de instâncias inferiores que apontaram irregularidades em contratos de obras públicas durante seus mandatos entre 2007 e 2015.
Por ter 72 anos, Kirchner pode solicitar a conversão da pena para prisão domiciliar, conforme prevê a legislação argentina. A ex-presidente, que nega as acusações, classificou a decisão como perseguição política e afirmou que já esperava o veredicto.
A condenação está relacionada ao chamado Caso Vialidad, no qual Kirchner foi acusada de favorecer um empresário próximo ao conceder contratos milionários para obras rodoviárias na Patagônia. O esquema teria causado um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão aos cofres públicos.
A decisão da Suprema Corte impede Kirchner de disputar as próximas eleições legislativas, nas quais pretendia concorrer a uma vaga na Câmara pela Província de Buenos Aires. O julgamento gerou protestos de apoiadores da ex-presidente, que bloquearam vias de acesso à capital argentina antes do anúncio oficial.