Guerra na Ucrânia: Putin põe forças nucleares em alerta máximo
Presidente da Rússia considerou agressivas declarações de representantes dos países que fazem parte da Otan

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Vladimir Putin, presidente da Rússia, ordenou que o comando de seu país colocasse as equipes de armas nucleares em posição de alerta grave, depois de ouvir declarações que considerou agressivas de representantes dos países membros da Otan.
"Como vocês podem ver, países do Ocidente não só tomam medidas não amistosas contra nós na dimensão econômica. Eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país", disse o presidente na TV estatal.
"Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão", alegou.
Deterrência é o ato de impedir um ataque provocando um dano ao agressor. Essa é uma referência a unidades militares que incluem armas nucleares.
Resposta dos Estados Unidos
O governo dos Estados Unidos afirmou que a ordem do presidente Vladimir Putin de colocar as armas nucleares de seu país em estado de alerta grave faz parte de um padrão da Rússia em plantar ameaças para justificar uma agressão.
"Nós o vimos fazer isso várias vezes. Em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da Otan, a Rússia esteve sob ameaça da Ucrânia", disse Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca.
Os americanos ainda disseram que estão abertos a dar mais assistência aos ucranianos.
Rússia não aceita a Ucrância na Otan
A possibilidade da Ucrânia se aproximar da União Europeia e com a Otan é um dos principais motivos apontados pelo presidente da Rússia para invadir o território ucraniano. Para Putin, uma aliança militar da Ucrânia com a organização seria uma ameaça contra o Kremlin.
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança formada por 30 países, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido e França. A organização foi fundada em 1949, no período da chamada Guerra Fria, comandado pelos EUA em oposição à extinta União Soviética. Com o fim do bloco comunista em 1991, a Otan passou a atuar, principalmente, como uma aliança que zela pelos interesses econômicos dos membros.
Na sexta-feira (25), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou que Finlândia e Suécia irão enfrentar “consequências militares e políticas prejudiciais” se tentarem entrar na Otan.
A fala de Zakharova ocorreu numa entrevista coletiva em Moscou no início da tarde desta sexta-feira (25). Ela avisou que a adesão da Finlândia ou da Suécia à Otan provocaria uma atitude séria dos russos.
As informações são da agência Reuters