Em meio a uma crise diplomática, Lula e Trump serão os primeiros chefes de estados a discursarem na ONU

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos EUA), se encontrarão pela primeira vez pessoalmente desde o anúncio do tarifaço, em um ponto crucial para a diplomacia entre os países. Os chefes de estado serão os primeiros a discursar na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira (23). 

Especialistas acreditam que enquanto Lula, em seu discurso, deverá pregar o multilateralismo, nova união em torno de pautas climáticas e alternativas para os atuais conflitos bélicos, Trump reforçará seu papel e dos EUA no mundo contra o avanço de outras potências, refutar a agenda sustentável e defender Israel no conflito na Faixa de Gaza. 

Por isso, outro ponto importante levantado seria o principal alvo da fala de Lula, os Estados Unidos, mesmo que o país e o chefe de estado não sejam citados nominalmente. Isso ocorrerá principalmente em menos de 24 horas depois do anúncio de novas sanções, onde Lula poderá fazer uma reclamação sobre o que considera intervenção à soberania nacional. Lula acredita e aponta que o tarifaço de Trump não passa de uma "chantagem econômica".