"Crescimento das igrejas evangélicas é uma piada": Papa Francisco polemiza
Pontífice afirmou que muitas igrejas não são movimentos religiosos, mas políticos
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
A entrevista do Papa Francisco a um canal de tv rendeu. Durante o bate papo, o pontífice comentou sobre o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil. Para isso, citou uma crítica que ouviu de uma teóloga luterana que defendia a libertação do presidente Lula sobre as denominações protestantes, principalmente a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Questionado pelo apresentador sobre ao que ele atribui o crescimento das igrejas evangélicas no mundo, ele respondeu citando nosso país:
Questionado pelo apresentador Jorge Fontevecchia sobre ao que ele atribui o crescimento das igrejas evangélicas no mundo, ele respondeu citando nosso país: " Uma piada. Tive duas reuniões aqui, quando o presidente Lula estava preso, com o pessoal dele, um grupo que trabalhava para a libertação dele. O chefe era o Celso Amorim e numa dessas reuniões veio uma teóloga brasileira, uma senhora de 45 anos, protestante, luterana, e no final falamos um pouco. Eu disse a ela: “Diga-me, como você lida com a questão dos deputados da Igreja do Reino de Deus?” E ela respondeu: “Aquela Igreja do Reino de Deus não é evangélica, é demoníaca, porque é política. Eles usam o povo, tudo é pago lá, todo mundo é forte e de alguma forma eles buscam o poder”. Aquela mulher distinguiu para mim o que é uma religiosidade verdadeiramente religiosa e o que é uma religiosidade política. O líder da Igreja Católica Apostólica Romana chegou a dizer que é preciso separar o que é um movimento religioso e o que é um movimento político e reforçou a visão da Igreja Católica em considerar as igrejas evangélicas como seitas.
"Acho que, em grande parte, essa divisão no Brasil tem que ser feita para se ter uma boa noção do que é político e do que é religioso. Existem movimentos religiosos que não são religiosos; são políticos. E há movimentos religiosos que são religiosos e não é fácil discernir. Mas essa divisão deve ser feita hoje em dia com o que você chamou de seitas evangélicas, movimentos evangélicos, em que alguns são religiosos e outros não são", finalizou o Papa.