Brasileira está entre as vítimas de atropelamento que causou 11 mortes no Canadá
Vítima foi identificada como Kira Salim, uma mulher de 34 anos, natural do Rio de Janeiro, que residia na cidade canadense
Imagem de perfil do rosto da vítima brasileira |Foto: Reprodução/ Redes sociais
Na noite do último domingo (27), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou a morte de uma brasileira em Vancouver, no Canadá, após um atropelamento em meio a um festival. A vítima foi identificada como Kira Salim, uma mulher de 34 anos, natural do Rio de Janeiro, que residia na cidade canadense.
Kira, que morava no Canadá desde 2022, era uma pessoa trans e não-binária, e essa característica fazia questão de destacar em sua trajetória de vida, conforme relato de sua família. Ela vivia em Vancouver com o marido, a cachorrinha que resgatou no Brasil e cinco gatos.
O trágico incidente aconteceu durante as festividades do Dia de Lapu-Lapu, um evento cultural filipino que celebra o líder indígena que derrotou as forças coloniais de Fernão de Magalhães. Por volta das 20h do sábado (26), horário local, um motorista invadiu a multidão, atropelando diversas pessoas.
O número de vítimas fatais já soma 11, com mais de 20 feridos, conforme informado pela polícia local. As idades das vítimas fatais variam entre 5 e 65 anos. A polícia de Vancouver afirmou, no entanto, que não há indícios de que o incidente tenha sido um ato de terrorismo.
O motorista responsável pelo atropelamento foi detido pela polícia, que publicou a prisão em suas redes sociais. A identidade do homem ainda não foi divulgada, mas fontes locais apontam que ele tem cerca de 30 anos.
O chefe interino da polícia de Vancouver, Steve Rai, revelou que o suspeito estava sozinho e já era conhecido pelas autoridades em "certas circunstâncias". A tragédia aconteceu na zona sul da cidade, onde o festival estava sendo realizado.
Sobre Kira Salim, ela se formou musicista pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em 2015. Mais tarde, fez mestrado em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e Educação na Universidad Europea del Atlántico, na Espanha. Kira era uma defensora incansável dos direitos humanos, com especial foco na causa LGBT e na defesa dos animais. Ao se mudar para o Canadá, ela carregava consigo sua paixão pela música e pelo ativismo.
Kira era filha de uma mãe argentina e de um pai gaúcho, e teve sua formação inicial no Colégio Pedro II, tradicional instituição de ensino no Rio de Janeiro. Ela partiu de sua terra natal para viver com seu marido e seus animais, buscando uma vida mais tranquila e dedicada à sua carreira e suas causas. Sua morte é um reflexo de uma tragédia que abalou toda a comunidade de Vancouver e do Brasil.
