Lula se pronuncia sobre megaoperação no Rio e fala sobre a aprovação da PEC da Segurança

Na noite desta quarta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou pela primeira vez a megaoperação realizada no Rio de Janeiro contra o crime organizado, na última terça-feira (28). As diligências no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixaram mais de 100 mortos. 

"Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador. Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades", escreveu no X (antigo Twitter).

Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador.

Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e…

— Lula (@LulaOficial) October 29, 2025

A operação tensionou a relação entre o governo federal e o governador do estado, Cláudio Castro (PL), que fez cobranças à atuação do governo federal e das Forças Armadas na segurança pública. Membros do governo Lula interpretaram a postura de Castro como oportunista e eleitoreira, rebatendo a informação de que o Executivo teria sido acionado com pedidos de ajuda para ação.

Parte da demora de Lula para se manifestar sobre a sua situação é explicada pelo seu retorno da viagem oficial que fez à Ásia. O presidente esteve incomunicável durante cerca de 15 horas na terça-feira (28). 

A expectativa entre aliados do petista é que ele abordasse o assunto durante a cerimônia de posse de Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência, nesta quarta-feira, o que não aconteceu. 

No pronunciamento sobre o caso, feito pelas suas redes sociais, Lula ainda citou a Operação Carbono Oculto, que desmobilizou um esquema criminoso do PCC. "Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro.", acrescentou.

Ao final da publicação, o petista ainda citou a PEC da Segurança:

Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas.