NotíciasExclusivasDo planeta Krypton à Fonte Nova: camisa do Superman estreia com virada, grito e história no Bahia

Do planeta Krypton à Fonte Nova: camisa do Superman estreia com virada, grito e história no Bahia

Em parceria inédita com a DC, o Tricolor lança uniforme inspirado no herói e celebra seu próprio “Super-Homem Tricolor” com vitória cinematográfica

| Autor: Iarla Queiroz
Do planeta Krypton à Fonte Nova: camisa do Superman estreia com virada, grito e história no Bahia

Foto: Letícia Martins / EC Bahia

Atenção, DC Comics: o Superman agora também atende por “Esquadrão de Aço” e joga na Fonte Nova. No último dia 12 de julho, o Bahia estreou um uniforme inédito inspirado no maior herói dos quadrinhos — e como todo bom crossover, teve tudo: collab internacional, história afetiva, golaço nos acréscimos e grito de libertação nas arquibancadas.

O uniforme, que estreou nos gramados na partida contra o Atlético-MG, tem tudo o que um tricolor nerd sonharia: azul predominante, detalhes vermelhos que remetem à capa do herói, escudo com brilho prateado e o símbolo do Superman no peito. E se a estética já impressionava, o resultado em campo foi melhor ainda: vitória suada por 2x1, com direito a pintura de Luciano Juba e virada nos acréscimos com Michel Araújo.

Foi a primeira vez que um personagem da DC é oficialmente ligado a um time brasileiro, e a estreia do manto virou até post de gringa famosa: Rachel Brosnahan, a nova Lois Lane do cinema, exibiu a camisa nas redes durante passagem pelo Brasil, alimentando o burburinho que já tomava conta da internet.

Mas essa história começou bem antes de qualquer collab internacional. Em 1979, o cartunista Ziraldo deu vida ao Super-Homem Tricolor, mascote oficial do Bahia. Inspirado no herói da DC, mas com alma soteropolitana, ele virou símbolo do clube nas arquibancadas — um personagem carismático, cheio de energia, que corre, dança, tira selfie e arranca sorrisos até nos dias de derrota. Um super-herói que veste chuteira e representa um povo inteiro.

E para muita gente na arquibancada, ver aquele símbolo gigante estampado no peito da torcida foi emocionante. É diferente. É memória de infância, é referência aos traços de Ziraldo, é a Fonte vibrando como nos tempos de ouro. Como se cada golaço fosse um quadro da nossa própria HQ.

E já que o enredo por si só parece saído de um filme, vale destacar algumas curiosidades dos bastidores que ajudam a entender o tamanho desse lançamento:

  • O projeto levou mais de um ano em negociação até a liberação oficial dos direitos do Superman. Sim, até herói precisa passar pelo jurídico.
  • A campanha foi criada pelo setor de marketing do Bahia em parceria com a Puma, a Warner Bros. e a própria DC Comics, com direito a aprovação da matriz lá nos Estados Unidos.
  • A produção do uniforme foi limitada. Só 4 mil unidades foram colocadas à venda inicialmente, e grande parte esgotou nas primeiras horas.
  • A coleção também conta com peças casuais e promete novos itens em agosto — e sim, tem short, jaqueta, camisa retrô e moletom pra montar o cosplay completo de torcedor voador.

Mais que uma camisa bonita, a collab reforça o que o Bahia vem construindo nos últimos anos: um clube que entende sua história, valoriza seus símbolos e se conecta com novas linguagens. Em 2014, por exemplo, lançou a Lindona da Bahêa, mascote inspirada na Mulher-Maravilha, com cabelo afro, armadura estilizada e missão clara de combater o racismo dentro e fora dos estádios. Porque no Tricolor, até os heróis têm consciência social.

E olha, se o novo Superman do cinema ainda nem estreou, o da Fonte Nova já tá garantido na liderança moral do universo futebolístico. Ele voa, sim — mas com chuteira 42 e camisa 10.

Pra além do uniforme, o que se viu naquele sábado foi um momento raro em tempos de VAR e bilheteria fria: o torcedor se viu em campo, com uma história que mistura infância, identidade e sonho. O Super-Homem Tricolor, que nasceu no papel, agora ganhou tecido, escudo e três pontos na tabela.

E o mais bonito: tudo isso aconteceu na Bahia — terra de orixá, de resistência, de gente que acredita em camisa, em crença, em capa e em virada aos 49 do segundo tempo

Tags

Notícias Relacionadas