NotíciasEsporteTécnico suspeito por injúria racial é liberado após audiência de custódia

Técnico suspeito por injúria racial é liberado após audiência de custódia

Ele estava preso desde o último domingo (10)

| Autor: Redação

Foto: Arisson Marinho/CORREIO

O técnico Hugo Miguel foi liberado após audiência de custódia realizada na manhã desta quarta-feira (10). Ele havia sido preso em flagrante neste domingo (7) por suspeita de cometer injúria racial contra a zagueira Suelen, do Bahia, após a partida da Série A1 do Brasileirão em Pituaçu.

Na saída da audiência, Felipe Santiago, advogado de defesa do técnico, informou que o Ministério Público deu um parecer favorável à liberação.  "Decidiram pela liberação do professor Hugo a partir da do nosso pedido para que ele pudesse responder em liberdade. Vamos aguardar em breve instantes a divulgação do resultado da decisão da juíza. Porém, ela respondeu positivamente e, inclusive, até o Ministério Público já deu parecer favorável a sua suplementação", disse Felipe.

A advogada Camila Carneiro, presidente da Comissão da Promoção da Igualdade Racial da OAB Bahia, que acompanha o caso desde o ocorrido, relatou que a decisão já era prevista. "Eu gostaria de lhe dizer, com toda certeza, que ele ficaria. [...], porém, apesar de se tratar de um crime grave que teve pena endurecida, nós sabemos que há uma probabilidade grande de sair pela porta da frente, pois não temos a cultura da punição nesses caso", relatou a advogada. 

A advogada disse ainda que a saída do técnico não significa a liberação do caso porque o processo está correndo mesmo em liberdade. "Injúria racial é racismo, logo é um crime imprescritível e inafiançável. É um crime de potencial ofensivo e ele vai responder o processo, esteja ele preso ou não a partir da decisão que será tomada aqui".

Felipe Santiago, advogado de Hugu, ressaltou que não havia justificativas legais e jurídicas para manter o técnico preso. "O momento processual agora é tão somente no que diz respeito a se ele deva ou não responder o processo de liberdade. É saber se o Hugo Duarte é uma pessoa perigosa, se ele pode causar algum mal à ordem pública, se se a possibilidade dele fugir ou ele atrapalhar a instrução. Nós entendemos que não há nenhum requisito para a manutenção da sua prisão", disse.  
 

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