Paralimpíadas 2024: Verônica Hipólito se emociona após ficar fora do pódio
Medalhista dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro promete lutar com garra nas próximas competições
Foto: Wander Roberto/CPB
Verônica Hipólito, velocista medalhista dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016, não conseguiu repetir o sucesso em Paris e desabou em lágrimas após a prova dos 200m T36. Com um tempo de 31s03, a brasileira terminou na sétima posição, distante das medalhas. A prova foi vencida pela chinesa Shi Yiting, com 27s50. A dor da derrota foi evidente enquanto Verônica se emocionava, refletindo sobre seu retorno ao cenário paralímpico após ficar fora dos Jogos de Tóquio.
A atleta de 28 anos expressou seu desespero e frustração ao comentar o desempenho. "Não foi pra isso que eu treinei. Eu me desesperei. Era muito importante para mim, porque o esporte paralímpico é frequentemente deixado de lado", disse Verônica, visivelmente abatida. Ela também destacou as críticas que enfrentou durante sua carreira, como a sugestão de aposentadoria devido às suas limitações físicas, e falou sobre a importância de representar aqueles que acreditam nela.
O desempenho de Verônica também foi afetado pela concorrência acirrada. A neozelandesa Danielle Aitchison e a australiana Mali Lovell completaram o pódio, enquanto a brasileira Samira Brito terminou em sexto lugar, com 31s01. A prova evidenciou a dificuldade que Verônica enfrentou, não só por causa dos adversários fortes, mas também pelos desafios pessoais e físicos que superou ao longo da carreira.
Verônica, que passou por várias cirurgias e problemas de saúde graves, como um acidente vascular cerebral e tumores, ressaltou o papel crucial de sua família em sua recuperação. "Se não fosse eles, eu estaria debaixo da terra já", declarou. Apesar da decepção, a atleta promete continuar lutando nas próximas provas, incluindo os 100m T36 e o revezamento 4x100m universal.
Com um histórico de medalhas no Rio de Janeiro e uma determinação renovada, Verônica Hipólito promete dar o melhor de si nas próximas competições. "Eu vou dar o melhor do meu melhor para trazer essa medalha nos 100m, não só pelo meu nome, mas por todas as pessoas com deficiência no Brasil e aqueles que acreditam na gente", afirmou.
