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MP apresenta nova denúncia contra esquema de manipulação de jogos

Jogador do Santos teve conversas com a quadrilha reveladas

| Autor: Redação

Foto: Raul Baretta/ Santos FC

O Ministério Público de Goiás apresentou outra denúncia sobre manipulação de jogos no futebol brasileiro. Partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 estão sob investigação, além de confrontos dos estaduais da atual temporada.

As informações são da revista Veja. Ao menos 20 partidas estão sendo analisadas pelo MP e a nova denúncia ainda não teve resposta da Justiça, mas foi feita a partir da busca e apreensão de equipamentos em outras fases da Operação Penalidade Máxima. Os clubes e casas de apostas são tratados como vítimas.

As partidas investigadas envolvem apostas para lances de punições com cartões amarelo ou vermelho e cometer pênaltis. Bruno Lopes de Moura, apostador que havia sido detido na primeira fase da operação, é apontado pelo MP como líder da quadrilha no esquema de manipulação. Mais 16 pessoas ainda podem virar réus no caso.

Na fase anterior da operação, alguns atletas foram alvos de uma operação de busca e apreensão: os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, Kevin Lomónaco, do Bragantino, Paulo Miranda, ex-Juventude, e Eduardo Bauermann, do Santos, os laterais-esquerdos Igor Cariús, do Sport, e Moraes, ex-Juventude e hoje no Atlético-GO, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS.

Na fase atual, outros jogadores foram adicionados, incluindo mais um ex-Vitória, o meio-campista Fernando Neto. Além dele, o volante Nikolas, do Novo Hamburgo-RS e o atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.

Conversas de Bauermann com a quadrilha

O zagueiro Eduardo Bauermann foi alvo de uma operação de busca e apreensão na cidade de Santos-SP em abril. O atleta teve seu celular recolhido e, a partir dele, as provas que o ligaram ao esquema foram escancaradas. 

Em novembro do ano passado, Bauermann foi chamado no WhatsApp por um dos integrantes do bando. A oferta: levar cartão amarelo no jogo contra o Avaí. Como “entrada”, o jogador recebeu 50.000 reais. No entanto, não houve a punição de advertência, o que deixou a quadrilha apreensiva e gerou as primeiras ameaças.

No jogo seguinte, como forma de recuperar a credibilidade junto à organização criminosa, segundo os investigadores, Bauermann aceitou a segunda proposta: contra o Botafogo, ele deveria ser expulso. De fato ele levou cartão vermelho, mas depois que o juiz apitou o final da partida. A segunda “pisada na bola” rendeu uma ampla discussão entre as partes.

Na sequência, Bauermann tratou de se explicar e prometeu pagar pelo prejuízo que causou a quadrilha.

O Santos afastou o zagueiro Eduardo Bauermann dos treinamentos a partir desta terça-feira (9), e irá aguardar o desfecho da situação para tomar uma medida. Por isso, o jogador já é um desfalque certo para a partida contra o Bahia, na quarta-feira (10).


 

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