Lutando contra seu adversário e a altitude, Bahia tem um jogo maduro na Bolívia
O Esquadrão conseguiu um empate importante contra o The Strongest

Foto: Letícia Martins / EC Bahia
Jogar na altitude, longe do mar, é extremamente complicado, contanto, o Bahia entregou um grande jogo aos seus torcedores, mesmo fora de casa. O Esquadrão foi para a Bolívia enfrentar o The Strongest, empatando por 1 a 1. O Tricolor soube aproveitar o jogador a mais desde os cinco minutos do primeiro tempo e criou chances até demais, para vencer a partida. Porém, com 3.600 metros acima do mar, o resultado no Estádio Hernando Siles é de se comemorar e vibrar muito.
A expulsão após falta em sua área, em cima de Gilberto, ajudou o Bahia a criar confiança e fazer o time baiano dominar todo o primeiro tempo, mesmo indo para o vestiário atrás do placar. Já no segundo tempo, onde o time jogou menos, conseguiu fazer o tão esperado gol, levando um grande resultado para resolver a volta em casa, na Arena Fonte Nova.
PRIMEIRO TEMPO:
Rogério Ceni escolheu escalar seu time da mesma forma feita contra o America-RN, colocando os três zagueiros Gabriel Xavier, Kanu e Ramos Mingo. Porém, essa formação só existia na parte ofensiva, para liberar Gilberto a flutuar pelo meio, ao perder a posse, o Esquadrão voltava ao 4-4-2, com o lateral pela direita e Mingo pela esquerda.
Com a expulsão, o Bahia manteve muito bem a posse, limitando o adversário a se contentar com bolas aéreas e contra-ataques.
Diante da altitude em La Paz, o Bahia administrou o fôlego da seguinte maneira: sem a bola, o time corria para pressionar o The Strongest, com a posse, a ideia era trocar passes e diminuir o ritmo para gerenciar o oxigênio à disposição. Em campo essa estratégia deu muito certo, o Esquadrão roubava bolas no setor de ataque, manteve o The Strongest longe do gol de Marcos Felipe e só não conseguiu abrir no mínimo três a zero de diferença por conta de um grande trabalho do goleiro Banegas e erros de finalização.
Como o futebol é dinâmico, erros na frente do gol custaram caro ao time brasileiro e em um dos dois contra-ataques, os mandantes balançaram as redes. Caio Alexandre foi driblado no meio de campo e desistiu da jogada. Jean Lucas até tenta acompanhar, mas não alcançou o adversário, que carregou a bola até o passe preciso para Guerrero marcar sob condição oferecida por Gilberto, fora da linha na recomposição defensiva.
SEGUNDA ETAPA E PRIMEIRO GOL:
Finalmente a altitude roubou o show, já no início da segunda etapa o time baiano mostrava claros sinais de cansaço e exaustão, dando espaço para o time boliviano ir para cima. Foram duas boas chances nos primeiros dez minutos.
Com 20 minutos, Rogério Ceni colocou fôlego novo em campo. Saíram Jean Lucas e Everton Ribeiro, entraram Cauly e Rodrigo Nestor. E aí o resultado foi imediato. Na primeira participação, Cauly driblou um marcador na entrada da área e chutou travado. O goleiro ofereceu rebote, e Willian José chegou para conferir.
O empate veio no momento certo, quando o Bahia estava sofrendo com o aspecto físico, porém mesmo assim, o time mostrou uma grande maturidade para segurar o resultado. Os jogadores ganharam tempo a cada reposição, e alguns caíram no gramado para esfriar a partida diante do maior volume do adversário.
A falta de eficiência no ataque e a falha na transição defensiva são problemas que a Libertadores pode não perdoar no futuro. Mas o desempenho e o resultado em La Paz foram bons. O Tricolor soube aproveitar o jogador a mais na altitude e volta vivo para Salvador, onde vai decidir a classificação diante da torcida na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.
O jogo de volta está marcada para às 21h30 da próxima terça-feira (horário de Brasília). Quem vencer fica com a vaga na terceira fase prévia da Libertadores. Em caso de novo empate, por qualquer placar, a classificação vai ser decidida em disputa de pênaltis.