Justiça da Suiça afirma que sêmen de Cuca foi encontrado na vítima

Após o Corinthians demitir Cuca na quinta-feira (27), devido a grande pressão dos torcedores, o processo contra o técnico foi revelado e constava que o sêmen dele foi encontrado no corpo da vítima e que ela também reconheceu o treinador como um dos agressores.

De acordo com o ge.globo, a sentença contém o nome de quatro condenados:  Henrique Etges, Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Alexi Stival, o Cuca. Além disso, os crimes que eles cometeram: ato sexual com menor e coação.

O crime ocorreu em um hotel do centro de Berna, na Suiça, no dia 30 de julho de 1987. Cuca e outros dois homens que na época também jogavam no Grêmio foram condenados por por terem cometidos atos sexuais contra uma menina de 13 anos. Um quarto jogador foi absolvido dessa acusação, mas foi condenado por coação, por ter participado do crime.

Em uma entrevista coletiva na semana passada, quando foi apresentado como técnico do Timão, Cuca negou as informações que constam no processo.

"Por três vezes a moça esteve lá na frente. Não é que não reconheceu, é que eu não estava. E ela, a vítima - não sou eu, é ela - falou: o rapaz não está, o rapaz não está. Se a vítima fala que não estava, como é que eu posso ser condenado?", afirmou Cuca.

Ainda segundo a reportagem, Barbara Studer, diretora do Arquivo de Berna, também confirmou que a vítima tentou se suicidar depois do crime.

Os quatro acusados ficaram presos durante quase um mês. Pagaram fiança e voltaram ao Brasil. O julgamento ocorreu quase dois anos depois, sem a presença deles.

Cuca, Henrique Etges e Eduardo Hamester foram condenados a 15 meses de prisão. Os quatro receberam uma pena condicional que faz parte da legislação da Suíça.

O condenado, nesse caso, não é preso por ser réu primário; só vai para a cadeia caso cometa algum outro tipo de delito durante um prazo determinado pelo juiz e este prazo já prescreveu no caso de Cuca e os demais condenados.