Isaquias Queiroz projeta ser o maior atleta olímpico brasileiro: "oportunidade"
Canoísta concedeu entrevista após encerrar sua participação no mundial de Halifax
Foto: Fábio Canhete/CBCa
Após conquistar um ouro e uma prata no Campeonato Mundial de Canoagem, Isaquias Queiroz alcançou a marca de 14 medalhas em competições desse porte. O baiano de 28 anos almeja fazer ainda mais história nos próximos Jogos Olímpicos de 2024, que serão realizados em Paris.
"É como muita gente colocou nas redes sociais, eu sou um cara que viu as oportunidades e não deixou passar. Eu sou muito grato ao esporte, à canoagem. E agora eu estou vendo a oportunidade de me tornar o maior atleta olímpico do Brasil que é em Paris. E a gente tem tudo na mão. Paris é uma janela para colocar meu nome na galeria dos maiores atletas olímpicos do Brasil e da canoagem mundial", projetou.
Isaquias ainda revelou uma conversa com Bruno Fratus. Segundo o canoísta, Fratus questionou se ele não seria o maior atleta olímpico de todos os tempos.
"Até o Bruno Fratus outro dia me perguntou: "Isaquias, mas você já não é o maior atleta olímpico do Brasil?". Eu falei que não, ainda não, ainda falta escrever um pouquinho esse roteiro aí. Mas, eu já estou feliz independentemente de Paris, pela minha trajetória, agora 14 medalhas em Mundiais, tirando ainda as categorias júnior e sub-23", contou.
O atleta comentou sobre a importância da motivação de sua família e do torcedor brasileiro. Isaquias conseguiu uma grande arrancada nos últimos 250 metros da categoria C1 1000m, garantindo a medalha de prata.
"A gente vai raciocinando, vai pensando no que tem que fazer e aí passou na minha mente que estava todo mundo no Brasil me assistindo, tem uma torcida enorme aqui, eu lembrei do meu filho, da minha esposa, da minha mãe, também o Lauro Pinda (técnico) porque a gente treinou bastante. Eu pensei que tinha que ganhar a prova, subir no pódio pelo menos. Acho que foi uma das melhores subidas que eu já tive, tirando a semifinal do Mundial de 2019", avaliou.
Isaquias exaltou seu adversário Catalin Chirila, que levou o ouro na final do C1 1.000m. Ele reconheceu a qualidade do romeno, e ainda brincou com a falta de provas com trajetos mais curtos.
"O cara que ganha o C1 1000m é um super humano, né? Eu até brinco às vezes por qual motivo não colocam o C1 200m ou o C1 500m que é mais curto? E ele tem que ter esse reconhecimento, um cara que remou muito bem a eliminatória e agora também a final. Então a gente tem que reconhecer o campeão. Lógico que eu queria ter ganhado, mas ele merece todo o reconhecimento, ele fez um bom trabalho para ganhar o mundial", elogiou.
O canoísta ainda deu um tratamento especial ao torcedores brasileiros presentes no campeonato. Atencioso, ele foi para a galera comentar sobre a prova e foi ovacionado
"Obrigado pela torcida, primeiro campeonato mundial que tem a torcida brasileira, vocês arrasaram. Eu saí um pouco atrás, cansei um pouco, mas depois remei demais, nos 200m eu pensei que não podia deixar escapar essa medalha pra vocês. O ouro não veio mas espero que a medalha tenha feito vocês felizes", disse ele aos torcedores.