Ex-chefe da F1 é preso por porte ilegal de arma em aeroporto de SP

Bernie Ecclestone, ex-chefe da Fórmula 1, foi preso no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), na noite da quarta-feira (26), por porte ilegal de arma de fogo em sua bagagem, mas acabou sendo solto depois de pagar $6.060 de fiança. As informações são da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

A arma era de calibre 32 e Ecclestone não tinha a documentação necessária. Um agente da Polícia Federal identificou o armamento ao revistá-lo, após uma anormalidade ser apontada pelo raio-x do aeroporto. Ele foi levado à Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur), onde recebeu voz de prisão.

Conforme a polícia, o ex-chefe admitiu ser dono da arma de maneira irregular, mas alegou não saber que ela estava em sua bagagem. Após ouvi-lo, foi determinado um valor de fiança e Ecclestone foi liberado para pegar em voo privado rumo à Suíça.

Através de nota, sem citar o nome de Ecclestone, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que "um empresário" foi preso pelo porte de arma --que tem a mesma descrição dada pela Polícia Civil-- e solto após pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos, que totalizou 6.060 reais. Ainda segundo a pasta, a pistola foi apreendida e o empresário colocado em liberdade provisória.

Bernie Ecclestone, de 91 anos, é casado com a brasileira Fabiana Ecclestone, uma das vice-presidentes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e integrante do Conselho Mundial de Esporte a Motor.

Ele esteve em uma série de eventos no Brasil no mês de maio, entre elas uma corrida de Stock Car no interior do Estado de São Paulo, e um encontro com o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília.

Os Ecclestones têm uma fazenda de café perto de São Paulo, comprada em 2012. Lá eles costumam frequentar regularmente quando não estão na Europa. Piquet foi piloto da Brabham quando a equipe era de propriedade de Ecclestone nas décadas de 1970 e 1980.

Por muitos anos, Ecclestone foi o "Senhor Fórmula 1", o homem que fechava os acordos, comandava o volante da categoria e a transformou no negócio multibilionário que é hoje.

Ele deixou essa posição em 2017, quando o grupo norte-americano Liberty Media assumiu o controle dos direitos comerciais da modalidade.