NotíciasEsporteEmbaixador da Copa do Mundo diz que homossexualidade é um "dano mental"

Embaixador da Copa do Mundo diz que homossexualidade é um "dano mental"

Khalid Salman é embaixador do Catar, país-sede do Mundial deste ano

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/ZDF

Khalid Salman, embaixador da Copa do Mundo, classificou a homossexualidade como um "dano mental" em entrevista concedida à emissora alemã ZDF. O Catar tolerará visitantes homossexuais, mas segundo Salman, "eles têm que aceitar nossas regras". Ele também é ex-jogador da seleção do país-sede do Mundial.

Salman ainda acrescentou que a homossexualidade é "haram", um pecado proibido no Islã. A entrevista logo foi interrompida pelo canal após as falas do embaixador.

O Catar é alvo de controvérsias devido ao histórico de direitos humanos, como o tratamento aos trabalhadores migrantes e sua posição sobre os direitos das mulheres e da população LGBTQIA+.

Os capitães de seleções como Inglaterra, França ou Alemanha irão usar braçadeiras com as cores do arco-íris e escrito "One Love", numa campanha contra a discriminação. Torcedores de alguns clubes nos estádios da Alemanha pediram o boicote à Copa do Mundo, no sábado (5).

A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, disse na semana passada, durante uma visita ao Catar, que assistirá a Copa do Mundo depois de receber "garantias de segurança" do primeiro-ministro do emirado para os torcedores LGBTQIA+.

Alguns deputados alemães acompanharam a ministra durante a visita, mas a comissária de direitos humanos do governo, Luise Amtsberg, não participou na viagem.

Faeser já havia declarado que a sede da Copa do Mundo no Catar era algo "muito sensível" do ponto de vista de Berlim, o que levou Doha a convocar o embaixador alemão para consultas.

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