CBF exige da Conmebol ações mais rigorosas no combate ao racismo no futebol
Documento, assinado pelo presidente Ednaldo Rodrigues, critica duramente a resposta da Conmebol ao caso de racismo envolvendo o Cerro Porteño

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Na última quinta-feira, (20), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou um ofício à Conmebol, exigindo ações mais rigorosas no combate ao racismo nas competições de clubes da América do Sul, como a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana.
O documento, assinado pelo presidente Ednaldo Rodrigues, critica duramente a resposta da Conmebol ao caso de racismo envolvendo o Cerro Porteño, clube paraguaio que foi acusado de hostilizar os jogadores Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, durante a disputa da Libertadores Sub-20.
A CBF considerou a punição imposta ao clube paraguaio como insuficiente e ineficaz, classificando-a como “inócua” e ressaltando que não leva em conta a reincidência de atitudes discriminatórias do Cerro Porteño. A entidade brasileira reafirmou sua liderança no enfrentamento ao racismo, lembrando que foi a primeira confederação a adotar medidas contundentes, como a perda de pontos e punições esportivas, em casos de discriminação racial.
Além disso, a CBF reiterou, mais uma vez, seu pedido para que a Conmebol reformule seu Estatuto e Código Disciplinar, em busca de punições mais severas. A confederação brasileira já havia feito essa solicitação em outras ocasiões e agora reforçou, pela quarta vez, o pedido para que a Conmebol adote o Protocolo Antirracismo da FIFA, visando garantir que os casos de racismo sejam tratados com maior seriedade e que punições mais duras sejam aplicadas.
Uma reunião para discutir estratégias contra a discriminação racial no futebol está agendada para o dia 27 de março, e a CBF confirmou sua participação. No ofício, a Confederação Brasileira reforçou a necessidade de a Conmebol adotar uma postura mais firme e eficaz no combate ao racismo, com o objetivo de erradicar essa prática das competições sul-americanas.