Ceni comenta sobre RS "Perder sua casa, sua família. É triste"
Veja as principais falas de Rogério Ceni em coletiva pós triunfo contra o Botafogo
Foto: Letícia Martins/EC Bahia
Neste domingo, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, Everaldo e Rafael Ratão foram os heróis do Tricolor, no triunfo por 2x1 contra o Botafogo, que permitiu a vice-liderança do esquadrão na competição, somando dez pontos. O técnico Rogério Ceni, em coletiva pós-jogo, destacou os atacantes como exemplos da importância de cada jogador no elenco. Ele enfatizou a necessidade de valorizar todos os membros do grupo.
"Eles já são importantes no dia a dia, mas vai chegar o momento. Como o De Pena foi importante hoje. Ratão foi importante. Biel foi importante no Barradão. Everaldo foi importante. Demonstra que é um grupo pequeno, mas com caras comprometidos", comentou Ceni.
O treinador ainda falou sobre a rotação do elenco e sobre a dosagem de minutos em campo dos atletas: "Acho que cada minuto é muito importante. Cada minuto é uma oportunidade. É difícil colocar todo mundo para jogar. Não tem como usar todos. Temos que tentar valorizar aqueles que começam, aqueles que entram. E não se apegar a quem ficou fora. Alguém vai ficar fora, não tem como colocar todos. E eu lamento. Gostaria de usar mais"
Rogério Ceni também explicou que a manutenção da zaga com Kanu e Gabriel Xavier foi uma decisão estratégica, considerando o estilo de jogo do Botafogo. O treinador ressaltou que a equipe não alterou sua forma de jogar, mesmo atuando fora de casa, e celebrou a capacidade de manter o mesmo nível de rendimento, algo que considerava desafiador em partidas longe da Fonte Nova.
Outro ponto abordado por Ceni foi a qualidade do gramado sintético do estádio onde ocorreu o jogo. O treinador elogiou as condições do campo, destacando sua velocidade e fluidez, o que favoreceu o estilo de jogo do Bahia, focado na posse de bola.
"Acho que dos sintéticos que eu já joguei esse é o melhor. Ele é rápido, mas é gostoso de se jogar. A bola corre sem mudar de direção", relatou o técnico.
Quando questionado sobre a pressão vivida no clube, Rogério refletiu sobre as fortes chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul: "Pressão é o que as pessoas estão vivendo no Rio Grande do Sul. É triste. Isso aqui é muito pouco perto do que as pessoas estão passando. Isso é pressão na vida. Perder sua casa, sua família. É triste. É uma reflexão. Tudo tem seu momento. É muito triste a gente falar de futebol vendo tanta gente passar por essa situação. Meu pai é gaúcho. Isso é muita pressão. Acho que temos 26 ou 27 jogos com 20 vitórias no ano. Perdemos a final do estadual, isso gera uma pressão. Mas a pressão da vida, essa é a parte mais triste. Pressão é morar embaixo da arquibancada, é perder a vida. Aqui é esporte, é entretenimento." Disse o treinador.
Com uma semana livre para preparação, o Bahia se concentra agora no próximo desafio contra o Bragantino, na Arena Fonte Nova.