Após pressão da torcida, Cuca pede demissão e deixa o comando do Corinthians

Após o Corinthians conquistar a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil na vitória diante do Remo na disputa por pênaltis, nesta quarta-feira (26), o técnico Cuca anunciou a saída do clube. O treinador estava sob pressão no cargo desde que foi anunciado pela diretoria, por causa de uma condenação por estupro em 1989, na Suíça.

O anúncio foi feito pelo próprio Cuca na sala de imprensa do Timão. Ele lamentou ter que tomar a decisão e ressaltou que foi um pedido familiar. "Eu saio neste momento, não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. "Pai, vem, estamos precisando". Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês", disse em breve pronunciamento.

O comandante do Alvinegro paulista afirmou que a decisão de deixar o cargo já estava decidido antes do Corinthians entrar em campo contra a equipe paraense. "Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Eu estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. E isso acaba levando para os jogadores. Hoje me emocionaram. Estou aqui há cinco dias, mas todos ofertaram para mim. Eu não pedi nada, mas eles sentiram, como ex-atleta que sou, o que estou passando. O que estou passando, e quero ser bem breve, porque não quero ser vítima de nada, é a pior coisa que um homem pode passar", completou.

Cuca foi alvo de muitos protestos por parte dos torcedores durante os últimos dias e só ficou apenas dois jogos à frente do Timão. Antes da partida desta quarta (26), torcedores que estavam na Arena Corinthians, em São Paulo, demonstraram repulsa contra o treinador.