Ana Marcela Cunha fica em quarto na maratona aquática
Multimedalhista brasileira perde o pódio em prova marcada por controvérsias sobre a qualidade da água do rio Sena

Foto: Satiro Sodré/CBDA
A sonhada tentativa de Ana Marcela Cunha de conquistar o bicampeonato olímpico na maratona aquática foi frustrada nos Jogos de Paris 2024. A brasileira, campeã em Tóquio 2020, terminou a prova em quarto lugar, com a vitória indo para a holandesa Sharon van Rouwendaal, que garantiu seu segundo ouro olímpico após a conquista no Rio 2016. A australiana Moesha Johnson ficou em segundo, enquanto a italiana Ginevra Taddeucci assegurou a terceira posição. A brasileira Viviane Jungblut completou a competição em 11º lugar.
Ana Marcela começou a prova em 20º lugar, subiu para a sexta posição nas voltas iniciais e manteve-se entre as líderes até a parte final, quando não conseguiu alcançar Taddeucci. A competição no rio Sena foi marcada por uma correnteza desafiadora, e Ana revelou ter bebido água do rio durante a prova. Apesar dos relatos de outros atletas apresentando sintomas de mal-estar, Ana e Viviane garantiram que a qualidade da água não afetou sua performance.
A polêmica sobre a água do Sena persistiu após o evento, com diversos atletas sofrendo de infecções gastrointestinais. O Comitê Olímpico e a World Aquatics garantiram a qualidade da água após os testes finais, mas a situação gerou apreensão entre os competidores. A falta de um desempenho ideal e os problemas relacionados à água deixam Ana Marcela com a esperança de novas oportunidades em futuras competições.
Ana Marcela, que iniciou sua trajetória olímpica em Pequim 2008, encerra sua quinta participação com um misto de frustração e esperança. A atleta, que já subiu ao topo do pódio em Tóquio, agora deve se preparar para os próximos desafios, enquanto o Brasil aguarda ansiosamente por novas conquistas no cenário internacional.