NotíciasEntretenimentoO Poeta fala sobre início em igreja evangélica, união no pagode e Salvador Fest

O Poeta fala sobre início em igreja evangélica, união no pagode e Salvador Fest

Cantor é uma das principais atrações no palco Pagotrap do maior festival de camisa colorida da Bahia

| Autor: Millena Marques*
O Poeta fala sobre início em igreja evangélica, união no pagode e Salvador Fest

Foto: Domingos Júnior/Varela Net

Cria de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, o Poeta é um fenômeno dos paredões em toda a Bahia. Com vários hits emplacados, como "Tapa no Vento", "Bunda no Paredão", "Bolado e Puto", John Ferreira explodiu como revelação do Carnaval de Salvador, em 2019, e, desde então, tem consolidado seu nome entre os destaques do pagodão. 

Assim como outros artistas 'seculares', John iniciou sua carreira musical em uma igreja evangélica, participando de cultos e grupos de jovens. O cantor afirma que o ambiente gospel foi essencial para dar os primeiros passos como músico. 

"É a melhor escola para a gente aprender a musicalidade. Na igreja, a gente aprende mesmo os fundamentos básicos da música. Os maiores cantores e músicos que a gente têm são da música gospel, Leonardo Gonçalves, Tom Carfi, pra mim foi bom crescer tendo eles como referência de musicalidade", afirmou John. 

Inicialmente, intitulado como "O Poeta da Putaria", o nome artístico escolhido pelo John foi ideia de um fã, quando o artista ainda não havia encontrado algo que o identificasse.

 "Há uns quatro/cinco anos, eu comecei minha carreira musical como cantor de pagode, estava procurando um nome que me identificasse e me arrisquei em muitas coisas, foi quando veio um fã, depois de um show, falar que eu parecia um poeta por causa das minhas letras", disse o artista, que depois escolheu ser identificado apenas como "O Poeta". 

O cantor, que já fez parcerias com vozes como Márcio Victor, A Dama e Lincoln, admite que ainda há uma ferida quando o assunto é união de artistas do pagodão. No entanto, ele afirma que busca o fortalecimento do gênero baiano.

"Com o tempo, as coisas vão se encaixando. Já percebi que, há muitos anos, o pagode vem enfrentando esse problema de união e de trabalhar em conjunto, desde Flavinho, Bambam, muitos outros. Hoje, como referência no pagodão, sinto essa ferida ainda exposta. Eu faço minha parte para poder melhor isso, já gravei com Lincoln, com Márcio Victor, Gibi, misturo gêneros. Da minha parte, não tem problema nenhum misturar", finalizou John.

No próximo domingo (18), o cantor retorna ao palco do Salvador Fest, onde gravou seu primeiro DVD, em 2019, como uma das principais atrações do palco Pagotrap, no Parque de Exposições, na capital baiana. 

"Muito ansioso, não posso negar. Tô me preparando muito para dar o meu melhor, eu tenho essa parada comigo: sempre quero me entregar o máximo possível, nunca estou satisfeito com nada. Então, com certeza, depois de dois anos parado, eu vou voltar com tudo neste Salvador Fest", disse em entrevista exclusiva ao Varela Net. 

*Sob supervisão do editor Rafael Tiago Nunes

Tags

Notícias Relacionadas