Do Sertão ao Velho Continente: A Trajetória Internacional de um Forrozeiro

Celo Costa, nascido e criado no nordeste brasileiro, com mais de 20 anos de carreira no Brasil, nunca imaginou que seu amor pelo forró o levaria além das fronteiras brasileiras. Hoje, residindo em Portugal, ele compartilha sua jornada de São João deste ano, onde sua sanfona e voz encontraram um público apaixonado e diversificado, além de percepções que teve em relação ao forro, em diferentes continentes.

O São João na Europa

De acordo com o forrozeiro, em Portugal a festa é muito grande: " A festa de São João aqui é muito grande, né. É como se fosse um réveillon. É tão grande quanto um réveillon, se não for maior. Então, tem muitos lugares mesmo, muitas cidades."

Reprodução/Redes sociais
Público

O artista contou que o público é muito variado e que depende muito do país. "Em Portugal, nos lugares que toquei, era onde tinha mais brasileiros. Já na França, o brasileiro era minoria. A maior parte do público era francês, inglês e alemão. Até o organizador do Festival da França era francês", disse Celo Costa.

Reprodução/Arquivo pessoal
 

Forro no Brasil x Europa

Celo fala um pouco da valorização do estilo do forró, que é de origem do Brasil, mas é mais valorizada no velho continente: "Na Europa o que chama a atenção é a valorização da cultura brasileira mais tradicional, por exemplo, em relação ao forró. O forró que tem valor aqui, que tem prestígio, é o forró tradicional, zabumba, triângulo, sanfona, enquanto que no Brasil isso é cada vez mais depreciado, perde mais espaços para outros gêneros, nas festas juninas, né, às vezes para você ouvir um cantor, um artista de forró, numa festa de São João no Brasil você não encontra, você encontra tudo, sertanejo, outros gêneros e o forró você não encontra" explanou ele.