Dia do Samba: Uma Celebração da Cultura e da Resistência Popular
Conheça a origem, a história, principais artistas e a importância do samba na Bahia, um símbolo de protesto e resistência, trazendo alegria ao povo
Foto: Reprodução fotográfica Correio da Manhã/Acervo Arquivo Nacional
Hoje, 2 de dezembro, o Brasil celebra o Dia Nacional do Samba, uma data que transcende o ritmo e se torna um tributo à identidade cultural e à resistência do povo brasileiro. Símbolo de alegria, protesto e união, o samba carrega em suas batidas histórias de luta e celebrações que moldaram nossa sociedade. A origem da data remonta à década de 1960, quando o vereador Luís Monteiro da Costa, de Salvador, propôs a homenagem para celebrar a chegada de Ary Barroso à Bahia, onde o compositor nunca havia estado.
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A história do samba
O samba nasceu nas rodas e quintais da população negra, particularmente nos morros e subúrbios do Rio de Janeiro, no início do século XX. Com raízes africanas, o gênero musical encontrou resistência e preconceito em seus primeiros anos, sendo muitas vezes marginalizado. Contudo, a força do samba sobreviveu e prosperou, transformando-se em patrimônio cultural e símbolo de brasilidade.
Artistas como Cartola, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus e Noel Rosa ajudaram a consolidar o samba como uma das maiores expressões artísticas do Brasil. Hoje, nomes contemporâneos como Teresa Cristina, Diogo Nogueira e Mart’nália seguem levando o ritmo adiante, mostrando que o samba é uma tradição viva.
Bahia e o samba
Embora o samba tenha raízes mais conhecidas no Rio, a Bahia possui uma ligação essencial com o gênero. Terra de blocos afro e do samba de roda, a Bahia enriqueceu o samba com influências culturais profundas, como o toque dos atabaques e a dança ancestral. O Recôncavo Baiano é considerado o berço do samba de roda, tombado como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2005.