Lula apresenta projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil
Projeto agora passa pelo Congresso para aprovação
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nesta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso o projeto de lei que garante a isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil por mês e desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais, o que reduzirá o valor a ser pago. Em caso de aprovação, as medidas passam a valer a partir de 2026.
Segundo projeção do governo, com a aprovação da proposta, 65% dos atuais declarantes do Imposto de Renda (mais de 26 milhões) estariam isentos. Ainda para 2025, o governo prevê um aumento na faixa de isenção do IR, que atualmente está em R$ 2.824. O valor passaria para R$ 3.036, mudança que também precisa passar pelo Congresso.
Renda mensal de R$ 5 mil: desconto de 100%. O imposto a pagar, sem desconto, seria de R$ 312. Com o desconto, o pagamento é zero.
Renda mensal de R$ 5,5 mil: desconto de 75%. O imposto a pagar, sem desconto, seria de R$ 436,79. Com o desconto, R$ 203,13.
Renda mensal de R$ 6 mil: desconto de 50%. O imposto a pagar, sem desconto, seria de R$ 574,29. Com o desconto, R$ 417,85.
Renda mensal de R$ 6,5 mil: desconto de 25%. O imposto a pagar, sem desconto, seria de R$ 711,79. Com o desconto, R$ 633,57.
Renda mensal de R$ 7 mil: desconto de zero. O imposto a pagar, sem desconto, seria de R$ 849,29. Nessa faixa de renda, esse valor terá de ser pago na íntegra.
Para quem recebe acima de R$ 7 mil, as alíquotas progressivas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%, permanecem conforme é hoje em dia, sem aumento.
Após assinar o texto na solenidade, Lula entregou, simbolicamente, ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) – por onde o projeto deve começar a tramitar.
"Sabemos que o Brasil cobra na fonte o Imposto de Renda do trabalho, e não cobra o Imposto de Renda sobre capital. Depois de muitos e muitos meses de estudo, [...] Muita gente criticou a proposta, considerou inexequivel, mas estamos seguros que estamos no caminho para começar a reverter a péssima distribuição de renda do país", afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad durante a solenidade.
