NotíciasEconomiaAnfavea investigará BYD e GWM

Anfavea investigará BYD e GWM

Suspeita de práticas desleais no mercado automotivo

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Motor1.com

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) demonstrou preocupação ao perceber que, em 2024, as empresas chinesas podem ter praticado "dumping" e encomendou estudos para averiguar prática comercial desleal por parte das empresas. O pedido será formalizado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) nos próximos dias.

 Esta é a primeira vez desde 2015 que as importações superaram as exportações, segundo uma apresentação preliminar sobre as vendas do ano, divulgada em dezembro. Segundo o site automotivo, Quatro Rodas, ao final do ano foram registradas 467 mil unidades de veículos importados, enquanto as exportações somaram 398 mil unidades. O resultado está sendo diretamente associado a BYD e GWM

 O dumping acontece quando produtos são vendidos por preços mais baixos que o próprio custo de produção, representando concorrência desleal. 

 Consoante o site Autoesporte, o estudo ainda é discutido internamente, sem nenhum documento enviado ao governo. 

 A BYD, em nota, nega totalmente qualquer prática de dumping na venda de seus veículos. "A BYD do Brasil reafirma seu compromisso com a ética e a transparência em suas práticas comerciais. Negamos categoricamente qualquer prática de dumping na venda de nossos veículos no Brasil. Nosso foco está em oferecer produtos de qualidade e sustentáveis, alinhados às normas de mercado e legislações vigentes."

 Já a GWM informou que não vê problema na ação. "A GWM informa que vê a ação com tranquilidade, pois segue estritamente as regras internacionais e a legislação brasileira para comércio exterior. Além disso, a empresa está aumentando o ritmo de contratações no Brasil visando o início de produção dos seus primeiros carros eletrificados na fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo, prevista para o primeiro semestre deste ano", segundo nota.

 Este capítulo é mais um do conflito comercial entre fabricantes tradicionais e marcas chinesas, iniciado em meados de 2023. Por conta do aumento da demanda por carros elétricos e híbridos, a Anfavea tem sido mais agressiva, com o primeiro passo sendo incentivar a retomada do imposto de importação para o segmento, zerado desde 2015, a partir do início de 2024.

Tags

Notícias Relacionadas