NotíciasCidade"Forma de luta", diz diretora da APLB sobre paralisação de professores estaduais

"Forma de luta", diz diretora da APLB sobre paralisação de professores estaduais

Professores exigem o pagamento dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef) com juros de mora

| Autor: Millena Marques*

Foto: Secretaria de Educação da Bahia/Divulgação

Os professores da rede estadual de ensino da Bahia suspenderam as aulas nesta segunda (12) e na terça-feira (13), em protesto ao imbróglio sobre o valor do pagamento dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef). Na semana passada, o governo estadual teria encaminhado o Projeto de Lei (PL) que regulamenta a remuneração, no entanto, com uma possível redução do valor. 

Em conversa exclusiva com o Varela Net, a diretora da Associação de Professores Licenciados do Brasil (APLB) Sindicato, Marilene Betros, informou que a categoria espera que o Governo da Bahia pague o valor com juros de mora. 

"Mais de R$ 3.9 milhões, 60%, no mínimo, é para pagar os profissionais da educação, reconhecido pela emenda constitucional 114, pelas leis subsequentes, tudo na lei. O que nós esperamos é que o governador pague com os juros de mora. Esse dinheiro veio tendo juros e correções monetárias", disse a diretora.

Segundo Marilene, terça-feira será um dia decisivo para a categoria, quando a votação do PL ocorre na Assembleia Legislativa da Bahia. "Aprova amanhã, entra na regulamentação e paga com juros os valores. O governo quer pagar menos da metade. Estamos dizendo que tem que pagar com juros, senão o prejuízo vai ser grande. Amanhã possivelmente é a votação, mas, para isso, o governo precisa, hoje, dizer que está tudo ok, como manda a lei", afirmou Marilene.

"Hoje, nós estamos buscando conversar com os deputados, os secretários do estado e a Procuradoria. APLB está buscando conversar com todo mundo, para tentar ver se conseguimos algum avanço", continuou.

Além disso, a diretora da APLB admite que há muita preocupação em deixar os alunos sem aula, tendo em vista que a pandemia da Covid-19 prejudicou o ensino em todo o país. "Estamos muito preocupados com isso, mas a paralisação é uma forma de luta que nós temos. Pretendíamos que não fosse necessário parar, e pretendemos, basta que o governo concorde em pagar com juros o valor. Só vamos aguardar este pagamento", finalizou. 

*Sob supervisão do editor Rafael Tiago Nunes

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