Trabalhadores resgatados retornam a Itabuna e recebem atendimento
Assistência social do cidade já está trabalhando no acolhimento e prestando apoio às vítimas
Foto: Divulgação
Seis dos 13 trabalhadores de Itabuna resgatados em situação próxima à escravidão deixaram a fazenda em que trabalhavam no Espírito Santo e já chegaram ao sul da Bahia no início da tarde de sexta-feira (28).
A assistência social da cidade já está trabalhando no acolhimento e prestando apoio às vítimas. Além dos itabunenses, há residentes em outros dois municípios da região. Os demais resgatados preferiram permanecer no Espírito Santo até o fim da operação.
O grupo, que conta inclusive com dois adolescentes, de 17 e de 15 anos, foi localizado em condições degradantes numa propriedade destinada ao cultivo de café por uma equipe formada por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência e por agentes da Polícia Federal na última terça-feira (25).
Segundo os trabalhadores, eles foram recrutados por intermediários em Itabuna e levados para a cidade de Sooretama sob promessas de pagamento e condições dignas, mas foram surpreendidos com as condições encontradas na propriedade rural.
Todos os resgatados vão receber seguro-desemprego por três meses e o pagamento das verbas rescisórias ficou acordado. O cálculo apresentado pelos auditores totaliza R$49.450.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) avalia a situação para definir como serão feitas as negociações para pagamento de indenização por danos morais coletivos e individuais, valores ainda não negociados com o empregador, que não teve o nome e a razão social divulgados.
Na Bahia, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos está articulando com a assistência Social de Itabuna e dos outros municípios a adoção de uma série de medidas para apoiar as vítimas, oferecendo suporte para regularização de documentação, cesta básica e atendimento de saúde. Posteriormente, serão cadastrados para inclusão em projetos de capacitação e recolocação no mercado de trabalho.