Sob forte comoção, corpo de subtenente Alves é enterrado nesta quinta (29)
Policial foi morto a tiros durante uma ação da PM na cidade de Itajuípe, no sul da Bahia

Foto: Reprodução
O corpo do subtenente Alberto Alves do Santos, 51 anos, morto durante uma ação policial em um pousada na cidade Itajuípe, no sul da Bahia, na última terça-feira (27), foi enterrado na capela principal do Bosque da Paz, em Salvador, nesta quinta-feira (29).
Membros da família, amigos e colegas de profissão estiveram presentes no cemitério. Emocionados, mãe e filhos da vítima não tiveram condições de conversar com a imprensa. Elisabeth Alves, irmã do subtenente Alves, como era conhecido, pediu por justiça.
"Chega de impunidade porque meu irmão não era vagabundo e a polícia precisa admitir que eles erraram, entendeu? Ele amava a polícia, tinha 24 anos na polícia e era honrado. Precisam assumir que mataram meu irmão dormindo", falou.
Elisabeth criticou o posicionamento da Polícia Militar e o comentário feito pelo governador Rui Costa (PT). "A polícia precisa assumir e Rui Costa, mentiroso que falou que meu irmão trocou tiro, é mentira. Ele morreu dormindo, não teve nem defesa. Meu sentimento é de dor e revolta. Quero justiça, não pode ficar impune a morte dele", completou a mulher que, em 1999, perdeu outro irmão policial assassinado.
Entenda o caso
Dois policiais da equipe de segurança do candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) foram baleados na noite desta terça-feira (27) durante operação da Polícia Militar em Itajuípe, no sul do estado. Um deles era o subtenente Alves, que não resistiu aos ferimentos. A outra vítima, o sargento D'Almeida, foi socorrida em para o Hospital Regional de Itabuna.
Os dois militares estavam hospedados em um hotel e fariam a segurança do candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), que tinha agenda de campanha em Coaraci, município vizinho, nesta quarta (28). Os tiros que atingiram os dois policiais não tiveram relação com a campanha política, de acordo com a Polícia Militar (PM).
A PM alegou que as vítimas foram baleadas enquanto era realizada uma operação para a prisão de um investigado por tráfico de drogas, mas não deu detalhes sobre o caso, nem sobre as circunstâncias em que os agentes foram atingido.
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