Salvador: Subsídio do transporte público pode custar R$ 74 milhões à prefeitura

Presente no evento de lançamento da pré-candidatura de Léo Prates a deputado federal, na noite da última quinta-feira (7), o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fabrizzio Muller, comentou sobre o subsídio da Prefeitura de Salvador ao transporte público, que sofreu um reajuste de tarifa. Entre abril e maio, a Prefeitura vai cobrir R$ 0,50 da tarifa, na expectativa do subsídio federal ser liberado a partir de junho. 

Em conversa com o Varela Net, Muller disse que a decisão do município mostra sensibilidade da Prefeitura com a população, que teria que pagar R$ 4,90 caso o poder público municipal não estivesse cobrindo parte da tarifa. O titular da Semob ainda disse esperar que essa sensibilidade atinja outros setores responsáveis pela cobertura dessa valor para não sobrecarregar os passageiros, com a aprovação do Projeto de Lei que permite o subsídio municipal. 

"A tarifa subiu muito por conta dessa forma paramétrica e contratual. Então, quando se definiu, por usar parte da tarifa por compensação e subsidiar uma parte até a vinda desse subsídio federal, se imaginou e se tem certeza que tinha sensibilidade por parte de todos e a Prefeitura quer absorver parte desse aumento para não sobrecarregar a população. Eu tenho a impressão e a confiança de que haverá essa sensibilidade por parte de todos para esse PL seja aprovado e a gente possa, de fato, subsidiar a tarifa por esses dois meses até a vinda desse subsídio federal. Foram dois meses, onde a Prefeitura absorve integralmente esse aumento tarifário. Nesses primeiros dois meses, com 0,60 centavos, e 0,30 centavos como compensação de pagamento de outorga que devida pelos consórcios, que são dois meses, abril e maio. Caso o subsídio não venha no final de maio, a ideia é que a gente continue subsidiando 0,10 centavos a tarifa até o final do ano, 0,30 centavos continuam sendo abatidos por compensação, e os 0,50 centavos teriam que ser passados, de fato, para a tarifa pública", explicou Fabrizzio Muller.

Sobre o impacto nos cofres da Prefeitura, o secretário municipal disse que, caso o subsídio federal não seja encaminhado a partir de junho, o que ocasionaria a extensão do subsídio municipal até o final do ano, os custos da Prefeitura podem chegar a até R$ 74 milhões, considerando as possíveis variações. 

"Aproximadamente - claro que isso pode ter uma variação para mais ou para menos, porque isso varia de acordo com o passageiro equivalente - algo em torno de R$ 74 milhões", disse ao ser questionado pela imprensa. 

Aumento da passagem

A Prefeitura anunciou, na última semana, o aumento da passagem de R$ 4,40 para R$ 4,90. Entretanto, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) explicou que entre abril e maio, os R$ 0,50 seriam cobertos pela Prefeitura, na esperança de que a União libere o subsídio, já aprovado em Brasília, para suporte do setor. 

*Sob a supervisão do editor Rafael Tiago Nunes