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Salvador: nutricionista passa mal com cheiro de 'gel' em carro de viagem por app

Evelyn Broocke, de 35 anos, pediu para motorista parar veículo, mas teve que saltar com o carro em movimento para fugir

| Autor: Redação

Foto: Reprodução

Uma nutricionista de Salvador afirma ter sido drogada durante uma viagem feita com um motorista do aplicativo Uber, na terça-feira (9). Em relato nas redes sociais, Evelyn Broocke, de 35 anos, conta que entrou no carro e tocou em um uma substância desconhecida que estava na porta do veículo. Logo em seguida, ela começou a lacrimejar, ficando tonta e confusa. 

“Pedi um Uber como de costume para ir ao meu trabalho. Geralmente o motorista me chama pelo nome, dessa vez isso não aconteceu, eu estava com pressa e não notei. Eu sentei no banco atrás do motorista e abri o vidro, quando coloquei a mão no botão do vidro, tinha um gel. Minha mão saiu melada, eu esfreguei os dedos, limpei na calça, cheirei, mas não tinha cheiro nenhum”, iniciou a nutricionista. 

A partir disso, Evelyn lembra que o motorista começou a pegar um caminho errado, foi quando ela pediu para o condutor voltar e ele atendeu ao pedido. até que o olho da mulher começou a arder e lacrimejar muito ao ponto de não conseguir manter os olhos abertos. 

“Eu pedi para ele dar volta e ir para minha casa novamente, disse que tinha esquecido algo, mas eu percebi que não daria tempo. Comecei me sentir tonta e confusa, provavelmente eu teria desmaiado antes. Pedi para ele encostar o carro, mas isso não aconteceu. Então eu vi um posto de gasolina e abri a porta com o carro ainda em movimento. Fiquei com medo de ser tarde demais e eu não ter a chance de sair do veículo”, relembra.

Quando Evelyn conseguiu sair do veículo, o motorista não cancelou a corrida, mas a moça conseguiu ajuda dos funcionários do posto de gasolina e ligou para o marido, que logo em seguida a levou de forma segura para casa. “Isso é uma alerta para as mulheres, porque é muito triste enxergar o quão vulneráveis estamos num meio de transporte que deveria ser seguro. Foi muito rápido, tudo isso aconteceu em cerca de cinco minutos”, pontua. 

A mulher conferiu a placa antes de entrar no veículo, mas não sabe se o motorista era realmente o homem que estava registrado na plataforma, visto que ele usava máscara e óculos escuros. Evelyn já entrou em contato com a Uber e relatou o ocorrido. Segundo ela, a empresa informou que iria averiguar a situação e colocar o motorista sob supervisão.

Mas a nutricionista ainda teme a situação, uma vez que o motorista a pegou em sua casa. "Ele sabe onde eu moro. Não registrei um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil por medo de que isso me coloque em uma situação ruim e também porque, na visão da Justiça, não aconteceu um crime, ele não me furtou e nem me prendeu no carro, não tenho provas de que ele tentou me drogar”, completa. 

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