Em liberdade condicional, Elize Matsunaga vira motorista por aplicativo
Formada em direito, ela optou pelo trabalho informal em seu processo de ressocialização
Foto: Reprodução/Divulgação
Elize Matsunaga, de 41 anos, que está em liberdade condicional desde maio do ano passado, está tentando a ressocialização como motorista de aplicativo em Franca, cidade do interior de São Paulo. Ela vive na Capital Nacional do Calçado, município a 400 km da capital paulista, desde que saiu do presídio de Tremembé (SP) depois de cumprir 10 anos da pena pelo assassinato do marido, o empresário Marcos Matsunaga.
A informação foi divulgada pelo perfil no Instagram ‘Mulheres Assassinas’, que foi criado pelo jornalista e escritor Ulisses Campbell, autor dos livros sobre Elize, Suzane Von Richthofen e Flordelis. “Ela trabalha como motorista de aplicativo e sua nota como condutora é 4.80”, escreveu o autor.
Ainda de acordo com Ulisses, o cadastro dela nas plataformas é como Elize Araújo Giacomini, seu nome de solteira, e oferece os serviços utilizando máscara e óculos para não ser reconhecida.
Elize, que cumpre em liberdade os 16 anos que restam de sua pena, abriu recentemente um ateliê de costura de produtos PET. Seguindo o exemplo de sua ex-colega de detenção Suzane Von Richthofen, que vende sandálias customizadas.
As duas participaram de oficinas de corte e costura e artesanato enquanto estavam detidas. As atividades têm o intuito de ressocializar as detentas. De acordo com a Lei de Execução Penal, cada três dias trabalhados resultam em um dia a menos na pena.
Elize foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão, mas em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e 3 meses. Em liberdade condicional desde maio de 2022, ela cumpriu regime fechado no presídio de Tremembé (SP) por 10 anos.