Presídio da Mata Escura tinha apenas três policiais penais durante rebelião
Informação é do Sindicato dos Agentes Penais. No momento, deveriam ter, no mínimo, 70 agentes
Foto: Divulgação
O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penais, Fernando Fernandes, afirmou, na manhã desta segunda-feira (21), que a penitenciária Lemos de Brito, foco de uma rebelião iniciada na tarde do último domingo (20), contava com apenas três policiais penais, número insuficiente para controlar a situação, no momento em que aconteceu o movimento.
O número é muito abaixo do que o minímo necessário, que era de 70 policiais penais de plantão, segundo o sindicato. O vice-presidente do grupo ainda disse, em nota à imprensa, que o pavilhão onde se deu a rebelião tinha cerca de 350 detentos.
"Na hora do fato,em um pavilhão com aproximadamente 350 presos, tinham apenas 3 policiais penais de plantão. Quando deveriam ter 70. Essa é uma realidade de todas as unidades, do estado inteiro. Nós temos hoje cerca de 14 mil pessoas presas [na Bahia], deveríamos ter pelo menos 3 mil policiais por plantão. E, hoje, contamos com efetivo que não ultrapassa 250. Isso significa dizer que as unidades estam se gerindo", explicou.
Fernando ainda questionou a ausência de câmeras nos presídios. "Qualquer bar, boteco, tem câmera por toda parte. Como uma penitenciária não tem?", completou.
Até o momento, segundo informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), a rebelião deixou cinco mortos e 18 feridos, número questionado pela Samu, que afirma que os feridos chegam a 23.
