PF deflagra operação contra grupo suspeito de aplicar golpe financeiro em SE
Grupo empresarial aplica golpes de empréstimo em quatro estados do Brasil: Sergipe, Amazonas, Roraima e Pará
Foto: Divulgação/PF
Na manhã desta sexta-feira (14), a Polícia Federal deflagrou a Operação Fair Play, responsável pela investigação de um grupo empresarial suspeito de aplicar "golpe do empréstimo" e movimentar R$ 156 milhões. De acordo com as investigações, a empresa atrai aposentados e servidores públicos.
Foram expedidos 18 ordens judiciais de busca e apreenssão e sete mandados de prisão temporária nas cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, Manaus, no Amazonas, Boa Vista, em Roraima, e Belém do Pará. Além disso, a Justiça definiu o bloqueio de valores e bens dos investigados, prevendo que os móveis e imóveis dos suspeitos sejam sequestrados.
Os crimes estão sendo investigados desde 2021. Segundo a Polícia Federal, a empresa investigada integra um grupo empresarial que trabalhava com diversos setores comerciais. "Que envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus/AM, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis", afirmou a PF.
A PF também informou que o grupo chegou a movimentar cerca de R$ 156 milhões. "Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo", informou o órgão de segurança.
De acordo com a PF de Sergipe, um dos investigados na operação foi preso no estado.
Denúncias
Segundo informações Polícia Civil do Amazonas, mais de 200 casos foram registrados contra o grupo financeiro Lótus Corporate, em Manaus. As vítimas informaram que a empresa entrava em contato com servidores públicos, que possuem facilidade para créditos em empréstimos, e um ofereceiam uma proposta de investimento.
Os servidores realizavam um empréstivo e repassavam o dinheiro para Lótus, que pagava um valor de até 12% aos "clientes", quitando o débito com os servidores. O contrato era feito para um ano e o grupo pagava as parcelas, até o valor total do empréstimo ser quitado.
As vítimas descobriram o golpe quando começaram a receber cobranças dos bancos, em julho deste ano.