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Pacientes denunciam médico após complicações e deformidades pós-operatórias

Procedimentos foram realizados em uma clínica localizada na cidade de Itabuna, no sul da Bahia

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/TV Bahia

Pacientes denunciaram o cirurgião plástico Rossini Teobald Ruback, por terem deformidades e complicações após cirurgias. Moradores de cidades como Salvador, Eunápolis, Itabuna e Vitória da Conquista realizaram os procedimentos em uma clínica localizada na cidade de Itabuna, no sul da Bahia.

Segundo o g1, algumas mulheres afirmam ainda que foram submetidas a procedimentos sem anestesia, o que é confirmado por uma instrumentadora cirúrgica que trabalhou com Ruback de janeiro a julho de 2022.

''Ele fazia vários procedimentos com anestesia local. A única coisa que ele dava para o paciente, ele falava que era sedativo, mas era praticamente uns 15 comprimidos e água com açúcar. Todas ficavam sempre gritando de dor e ele ficava gritando com elas para elas não gritarem'', revelou.

Ainda segundo a mulher, que preferiu não se identificar, os procedimentos eram realizados em cima de uma maca de dentista e em salas totalmente inadequadas.

O Conselho Regional de Medicina da Bahia (CREMEB), afirma que sete denúncias contra o cirurgião foram protocoladas, e estão sendo apuradas. O conselho diz ainda que as denúncias se encontram em diversos estágios de evolução processual.

A Polícia Civil disse que existem dois boletins de ocorrência contra o médico, sendo um de ameaça e outro de cirurgia mal sucedida, mas a investigação ainda não foi iniciada.

Uma paciente de Ruback, de 33 anos, perdeu as mamas por causa de procedimentos feitos com ele. A vítima relatou os momentos que viveu após decidir colocar uma prótese de silicone nas mamas e lipoaspiração na barriga. Três dias depois do procedimento, ao tirar o curativo, a mulher percebeu um aspecto de infecção.

''Tinha uma secreção amarelada, como se fosse um pus no lugar dos pontos. Aí passaram mais cinco dias e abriu um buraco'', disse ela à TV Bahia.

Segundo a mulher, os procedimentos após a detecção da infecção eram realizados sem anestesia. A região era cortada e suturada sem nenhum tipo de sedativo.

''Ele disse que teria que retirar minha prótese. Pegou um maço de gases e disse: 'coloca em sua boca, porque nós não temos anestesista na cidade. Então vou ter que te cortar e tirar sem anestesia. No fim ele disse: agora pode levantar e ir para casa, porque agora você vai ficar boa''.

Entretanto, o quadro de saúde da vítima só piorou. A mulher precisou buscar ajuda médica em Vitória, no Espírito Santo, onde foi detectada uma infecção grave. A situação era delicada, então ela foi orientada a retornar ao cirurgião plástico. No retorno, as mamas da mulher foram retiradas.

''Foi feita uma mastectomia [retirada das mamas] fiquei com uma cicatriz como se fosse feita a facão. Ele me pediu para tirar umas fotos e disse que a minha mama tinha ficado linda'', disse.

Uma outra paciente de Itabuna fez abdominoplastia e lipoescultura com Ruback e também teve complicações no pós-operatório. Ela disse que recorreu a ele algumas vezes foram retirados líquidos das costas dela sem anestesia.

''Ele me deu mais de vinte comprimidos para tomar, pegou um cano da sucção da carne e começou a fazer o procedimento. Eu ainda sentia muita dor e ele falava "calma, vai acabar logo''.

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