Mulher de dono da 'Paraíso Perdido' está foragida; funcionário foi assassinado
Empresário Leandro Silva Troesch foi encontrado morto dentro da própria pousada de luxo. Marcel, que trabalhava no local, foi assassinado no último domingo (6); Shirley, esposa de Troesch, não se apresentou na delegacia para prestar depoimento
Foto: Reprodução Instagram
De acordo com a Polícia Civil de Jaguaripe, na região do baixo sul da Bahia, um homem foi assassinado a tiros e teve o corpo queimado no município, no domingo (6). A vítima seria Marcel, funcionário do empresário Leandro Silva Troesch, encontrado morto dentro da própria pousada de luxo, a Paraíso Perdido, na mesma cidade, em 25 de fevereiro deste ano.
O delegado do caso, Rafael Magalhães, informou que Marcel era amigo e considerado o "braço direito" de Troesch. A vítima, inclusive, cheogu a ser ouvida pela polícia após a morte do empresário e seria ouvida novamente no domingo, quando foi encontreado morto.
"Ele era considerado uma testemunha chave da morte do Leandro, pela proximidade que tinha com a vítima. Eu ouvi ele por duas horas, mas queria ouvir mais, porque sou bastante detalhista", disse Rafael Magalhães.
Ainda não há informações sobre a autoria e motivação da morte de Marcel. No entanto, a polícia trabalha com duas linhas de investigações."A gente investiga a relação do Marcel com tráfico de drogas e não descarta que a morte dele tenha sido causada por isso, mas também não deixamos de investigar a possibilidade de queima de arquivo. Ele seria ouvido pela gente mais uma vez sobre a morte do Leandro e era considerado uma das testemunhas chaves", afirmou.
Fuga da esposa do empresário
À polícia, de acordo com o delegado Rafael Magalhães, Shirley disse que tomava banho quando ouviu o barulho de um tiro dentro do quarto e encontrou Leandro morto no local.
"Ela falou que chamou ele para tomar banho com ela, mas ele ficou mexendo no celular", disse o delegado.
O delegado informou que pretendia intimar Shirley para ser ouvida mais uma vez no último sábado (5), mas ela não foi encontrada na casa onde morava.
"A gente investigava a possibilidade de um suicídio, mas a morte do Marcel e a fuga dela foram muito estranhas. Já podemos considerar ela como uma das possíveis suspeitas", contou Rafael Magalhães.
Com isso, conforme o delegado, Shirley é considerada foragida da polícia. Por cumprir prisão domiciliar devido ao crime de extorsão mediante sequestro, a esposa de Leandro não poderia deixar o local. O delegado Magalhães pediu a prisão preventiva da viúva do empresário, que foi expedida pelo juiz Almir Pereira, da Vara Criminal, por quebra de medida cautelar.
Condenados
Antes de aparecer morto no dia 25 de fevereiro, Leandro Silva Troesch foi condenado a 14 anos de prisão, 20 anos depois de ter participado de um crime de extorsão mediante sequestro. A esposa dele, Shirley da Silva Figueiredo, também foi condenada a 9 anos pelo mesmo crime.
Os dois foram presos em fevereiro de 2021 e cumpriam prisão domiciliar. Shirley Figueiredo foi a última pessoa a ter contato com o empresário, antes dele ser encontrado morto.