MC faz homem de 'escudo humano', mas acaba sendo morto a tiros
Crime ocorreu na Cidade Garapu, no Grande Recife

Foto: Reprodução/Instagram
O cantor conhecido como MC Irak acabou morrendo por disparos de arma de fogo, mesmo tendo supostamente feito uma pessoa de "escudo humano". O caso aconteceu no domingo (2), em um condomínio no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. A vítima que serviu como "proteção" do artista também veio a óbito.
O crime ocorreu na Cidade Garapu, por volta das 13h. As vítimas foram identificadas como Ewerton Matheus Silva, o MC Irak, de 19 anos, e Cristiano da Silva, de 30. "Segundo informes da população, Ewerton utilizou Cristiano como escudo humano para evitar sua execução, levando ambos a morte", afirmou a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em relatório.
O MC morreu no local, já Cristiano chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cohab, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil não informou se as vítimas foram baleadas durante um assalto ou se foram executadas. "As investigações foram iniciadas e seguem até o esclarecimento do fato", afirmou, por meio de nota.
Família de MC nega versão
Amigos e familiares do MC Irak negam que ele tenha usado Cristiano para se proteger. Ao g1, o MC Lucas Lancaster rebateu as informações repassadas para a polícia.
"Não conheço [Cristiano], mas não teve isso de escudo humano. Ele [MC Irak] estava bebendo no momento errado e na hora errada. Chegaram desconhecidos, perguntaram se tinha droga e efetuaram vários disparos. Ele não usava droga nem nada. Era só bebida e mulher. Nem cigarro usava", disse.
Amiga de infância de Cristiano, Micaela Santos afirmou que ele deixou esposa e dois filhos.
"Ele tinha uma menina de 4 anos e um bebê de dois meses que nasceu com um tumor no cérebro e passou por cirurgia recentemente. Todos nós estamos sentindo muito por ele ser um ótimo pai, um homem de família que infelizmente morreu de uma forma tão trágica", lamentou.
Segundo a amiga, Cristiano estava dando banho de mangueira na filha de 4 anos quando os criminosos chegaram no condomínio.