Caso Cristal: em ato de amigos e familiares, homem alega ter visto suspeita
Estudante de 15 anos foi morta durante tentativa de assalto, na manhã da última terça-feira (2)

Foto: Reprodução / TV Bahia
Amigos, familiares e professores da adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, de apenas 15 anos, morta na última terça-feira (2), durante uma tentativa de assalto, no Campo Grande, em Salvador, fazem uma manifestação nesta quarta-feira (3). Um homem presente do ato afirmou, em entrevista à TV Record Itapoan, ter visto nesta manhã a suspeita identificada como "Rasta", no bairro dos Barris, circulando como se nada tivesse acontecido. Ela seria a segunda envolvida no crime. Ainda na terça, a Polícia prendeu a primeira criminosa, identificada como Mara.
No ato, o grupo segue o mesmo trajeto feito pela jovem quando foi abordada pelos assaltantes, quando Cristal saiu de sua casa, ao lado da mãe e da irmã mais jovem, em direção ao Colégio das Mercês, onde estudava. Com faixas e cartazes, os estudantes da instituição de ensino pediram justiça e medidas para que o caso não se repita.
"Ela ficou como símbolo da insegurança do nosso estado. Muitos alunos passam pelo mesmo caminho, poderia ter acontecido com um de nós, isso acontece por anos", disse uma aluna presente no local.
Porteiro do Colégio das Mercês, George demonstrou muita tristeza com o ocorrido. "É como se cada um deles fosse um filho. Dói muito tudo isso que aconteceu [...] Todos se amam, se gostam, se respeitam, o carinho é imenso. Isso que aconteceu é inaceitável, muito duro", comentou o porteiro.
Os pais de Cristal estão sedados, não estiveram na manifestação. Fernanda, irmã mais nova da vítima, que estava presente no momento do crime, está sob cuidado de vizinhos.
O corpo de Cristal foi sepultado ainda na tarde de terça, no Cemitério do Campo Santo, na Federação.
O caso
Imagens de câmera de segurança flagraram o momento em que a adolescente de 15 anos foi baleada e morreu. No vídeo, é possível ver Cristal, a mãe e a irmã caminhando na calçada, quando as três foram abordadas por duas mulheres, que estavam separadas. Uma das suspeitas parou na frente de Cristal e anunciou o assalto. A jovem foi baleada logo em seguida e caiu sentada no chão.
Segundo a Polícia, o tiro atingiu o peito da garota. Após o disparo, as suspeitas deram as costas e atravessaram a rua. Testemunhas contaram à polícia que elas seguiram em direção ao Largo Dois de Julho.
Cerca de 12 horas depois do crime, a primeira suspeita, identificada como Mara, que teria efetuado o tiro, foi encontrada por investigadores do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), em um beco, dentro de uma construção abandonada, em Alto de Coutos, no subúrbio da capital baiana.
"Os elementos colhidos até agora nas investigações permitem afirmar que a pessoa que foi presa por equipes do Depom é uma das pessoas que teria participado do crime, da ação delituosa", disse a delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com a delegada, Mara confessou participação no crime, mas falou que o disparo teria sido acidental. A possibilidade é investigada.
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