Ex-funcionária de fonoaudióloga diz que a mãe mentiu e defesa se pronuncia
Vídeo foi publicado nas redes sociais
Foto: Redes Sociais
Uma ex-funcionária da fonoaudióloga Tamires de Sousa Reis usou as redes sociais para afirmar que as acusações de abuso feitas por Tamires contra o pai da filha, de 3 anos, são falsas. Bárbara Maria Correia da Silva publicou um vídeo nesta segunda-feira (22) contando que trabalhou na casa do ex-casal e acompanhou de perto o processo de separação dos dois.
“Eu convivi com eles. Eu acompanhei tudo de perto como aconteceu. Tudo isso que ela está falando é inverdade. Eu falei: ‘Tamires, pense bem, a ** é pequena, precisa do pai. A menina é muito grudada com o pai. Não faça isso, não’. Ela queria proibir ele de ver a filha, queria proibir um monte de coisa, não deixar sair”, disse Bárbara.
Além disso, a mulher diz ter pedido várias vezes para Tamires não proibir o contato da menina com o pai. A ex funcionária disse ainda que o rapaz era um bom pai e ajudava a mãe.
“A babá da menina quem arrumou fui eu. Ficou trabalhando lá por mais de um ano, amava a menina, tratava a menina super bem e falava: ‘Paulinho é um ótimo pai, e Tamires sempre com essas loucuras’. Tudo isso que ela tá falando, na verdade, é uma mentirada, entendeu? É loucura da cabeça dela, e eu não estou entendendo por que ela tá fazendo essas coisas com ele, ele não merece isso”, relatou.
A defesa de Tamires, por meio do advogado Victor Câmara, disse por meio de nota que a mulher seria esposa de um homem que presta serviços na academia de tênis do pai da criança e que Bárbara teria realizado trabalhos pontuais na casa dos dois quando ainda eram casados. Ainda em nota, a defesa garantiu que as informações presentes no vídeo são inverídicas e pontua que todas as testemunhas a favor do homem são pessoas que trabalham para ele.
Confira a nota na íntegra:
A pessoa que aparece nas imagens é a Sra. Barbara, esposa de Emanuelle [Manoel], um italiano que presta serviços gerais na academia de tênis do genitor e que realizou alguns trabalhos na residência do casal a pedido do suspeito.
Os relatos fornecidos pela Sra. Barbara não são verídicos, uma vez que o contato entre ela e a mãe da vítima era quase inexistente. É notório que todas as testemunhas apresentadas pelo genitor são pessoas que trabalham ou trabalharam para ele. Embora algumas dessas relações não sejam formalizadas, há uma clara relação de superioridade e medo entre o empregador e os empregados.
Estamos reunindo provas documentais que contradizem o depoimento da Sra. Barbara, e essas provas serão anexadas ao inquérito e, se necessário, ao processo penal subsequente.
Dessa forma, espera-se que a Sra. Barbara seja ouvida em Juízo no momento oportuno, sob o compromisso de dizer a verdade, para que, ciente das implicações criminais de um falso testemunho, repita todas as alegações feitas anteriormente.
Por fim, é curioso observar que, frequentemente, depoimentos de pessoas alheias ao caso têm maior peso do que o da própria vítima, descredibilizando a coragem, a luta e a busca por justiça depois de tanto tempo vivendo sob violência doméstica e familiar.
Aceitar depoimentos de pessoas alheias ao caso como mais confiáveis, a ponto de questionar provas irrefutáveis demonstradas em imagens, áudios e vídeos que evidenciam agressões de várias ordens, é um dos vários motivos pelos quais muitas vítimas não conseguem se libertar da violência ou buscar ajuda das autoridades.