Estudante trans acusa hospital de ignorar nome social na Bahia
Caso aconteceu na Fundação Hospital da Mata Atlântica. Vítima afirma que foi encaminhada para uma enfermaria masculina

Foto: Reprodução / TV Santa Cruz
Um estudante de 21 anos acusa a Fundação Hospital da Mata Atlântica, em Camacan, no sul do estado, de transfobia. Maria Elis Ramos afirma ter tido seu nome social ignorado no atendimento e que foi encanminhada para uma enfermaria masculina ao invés da feminina.
A vítima foi para a unidade após um quadro de pressão baixa e febre, mas acabou tendo seu nome social ignorado pelo funcionário que preencheu sua ficha na recepção do hospital. Maria Elis diz que sua certidão nascimento já ter o nome social, o RG ainda não tem. Ela solicitou ao funcionário que adotasse o seu nome social, o que não foi atendido.
“Apesar da minha certidão ser retificada, o meu RG ainda não é. Solicitei que ele adicionasse o meu nome social, que é o meu nome, que já está retificado, que é Maria Elis, e ele continuou me tratando no masculino, me chamando pelo nome do documento [...] Todas as perguntas que ele fez para a ficha foi se referindo como ele, como senhor”, disse.
Ao seguir para o atendimento, Elis passou por outra situação, ainda mais constrangedora. Ao entrar na enfermaria, a estudante afirma que a recepcionista disse que ela precisaria ir para a enfermaria masculina. Maria Elis ainda questionou a decisão da recepcionista
“Quando entrei na enfermaria já era outra recepcionista. Essa senhora falou para eu me encaminhar para a enfermaria masculina, eu perguntei se a feminina ou outra que não fosse masculina tinha espaço ou leito vago e ela disse que não, que era para eu ir para essa mesmo”, conta.
Em nota, a Fundação Hospital da Mata Atlântica afirmou repudiar qualquer discriminação, seja de etnia, cor e gênero, e instaurou uma sindicância para apurar o caso.