Emicida se pronuncia após livro ser alvo de intolerância religiosa: "Tristeza"
Cantor gravou um vídeo nesta terça-feira (7) e lamentou os constantes ataques as religiões de matriz africanas
Foto: Reprodução/Multishow
Emicida se pronunciou por meio de um vídeo nas redes sociais, nesta terça-feira (7), após seu livro infantil 'Amoras' ser alvo de intolerância religiosa praticado por uma mãe de um aluno em Salvador.
O cantor pediu respeito as religiões de matrizes africanas e lamentou o ocorrido. "Hoje minha reação a isso é de tristeza. Não uma tristeza de derrota. A história do livro, ela fala por si, e é uma grande vitória. A repercussão dele, fala por si. A tristeza é por essas pessoas que querem que a sua religião, no caso a cristão, protestante, conhecidos como evangélicos, seja respeitada, e deve ser respeitada, mas não se predispõem nem por um segundo a respeitar outras formas de viver, de existir e de manifestar sua fé", afirmou.
Ele garantiu que esta não foi a primeira vez que a sua obra foi alvo de ataques e diz se sentir triste por ter que conviver com pessoas "radicais". "No começo, imaturo, eu fiquei com raiva e levei para o pessoal, mas era uma questão muito maior. Então, eu fiquei triste porque é de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis. Livros. Sobretudo um livro tão inofensivo como esse, Amoras. Quer dizer inofensivo para os não racistas", completou.
Por fim, o rapper celebrou o fato de os professores adotarem os livros nas instituições de ensino e pediu para que evangélicos se revoltem contra este tipo de atitude desrespeitosa.
Assista ao vídeo: