NotíciasCidadeEm clima de festa, eleitores contam onde vão acompanhar as apurações em Salvador

Em clima de festa, eleitores contam onde vão acompanhar as apurações em Salvador

Eleitores soteropolitanos falaram sobre o clima de festa, mas revelaram que sentem receio de ataques após as apurações das urnas eletrônicas

| Autor: Vinicius Viana *

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Após depositarem votos na urna e confiantes nas vitórias dos seus candidatos no segundo turno das eleições gerais, que aconteceram neste domingo (30), no Brasil, eleitores soteropolitanos falaram sobre o clima  de festa durante a votação e contaram de onde vão acompanhar as apurações de votos.  

A eleitora Tamires Araújo, de 32 anos, votou nas primeiras horas deste domingo (30), na Faculdade de Educação da UFBA, no intuito de aproveitar o restante do dia comendo churrasco e bebendo uma cervejinha com cerca de 10 familiares dentro de casa. "Agora eu vou pra casa de minha mãe, que vai ter um churrasco e cerveja. A gente vai se reunir para comemorar a vitória do 13, pois com certeza Lula vai ganhar. E vai ter muita música, pois a festa só é boa se tiver música. Já viu o ambiente familiar só de resenha? Tem que ter aquele samba e axé", iniciou.  

Questionada sobre o motivo pelo qual ela optou por acompanhar os resultados de casa, Tamires revelou que sente medo de ataques após o anúncio do novo presidente do Brasil.  "Na verdade, estamos com receio. Estamos vendo tanta guerra política aí, né? Então a gente prefere se reunir em casa mesmo e não ir pra rua, porque realmente a gente está com muito receio", completou. 

Após ter apertado o verde na urna, o estudante Victor Passos contou que mesmo com medo irá acompanhar os resultados das eleições no bairro do Rio Vermelho, considerado um dos principais pontos de concentração de eleitores petistas da capital baiana.  “Eu acho que eu vou pra Dinha, mas estou com muito receio. Tanto é que hoje acordei muito ansioso, muito preocupado porque a gente sabe que os casos de violência têm aumentado muito, inclusive ontem, né? A gente viu um caso muito emblemático [Caso Carla Zambelli], então é muito preocupante porque a gente sabe que as pessoas tomam decisões imprudentes e a violência infelizmente acaba sendo resposta rápida e, enfim, ignorante", iniciou. 

Em outro trecho, ele contou que os ataques revelam que as pessoas são contra a democracia e o direito de liberdade do outro. " Então, assim, a gente sai, mas sai com medo, sai com receio, sai com o pé atrás, sai preocupado, sai atento. Eu já saio preocupado, já saio atento também, eu já fico olhando ao meu redor pra ver se está tudo bem. Sempre que eu ouço algum barulho já fico em alerta. Então, basicamente é um estado de alerta, infelizmente. A gente tenta exercer a nossa democracia no máximo, da forma como a gente realmente tem o direito, mas a gente sabe que as pessoas, infelizmente, nem todas as pessoas respeitam a democracia de fato, como dizem respeitar. Então, é preocupante”, completou.  

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