Educadores protestam contra fechamento de pelo menos 37 escolas da EJA
O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia
Foto: Divulgação
Nesta terça-feira (21), educadoras e educadores da Rede Municipal de Ensino de Salvador ocuparam a sede da Secretaria de Educação, que fica na Garibaldi, como forma de protesto contra o fechamento das escolas municipais da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A prefeitura anunciou o fechamento de pelo menos 37 escolas da EJA. O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
A coordenadora pedagógica Kátia Pina, da Escola Mirante de Periperi, localizada no subúrbio de Salvador, gravou um vídeo e falou sobre a situação e se disse surpreendida com a notícia de que a escola em que trabalha não teria mais aulas no período da noite.
"Fecharam as turmas da EJA. Simples assim. Eu sou oriunda da EJA e posso falar com propriedade sobre a necessidade desta modalidade de ensino. Depois da EJA, eu fiz UNEB. Depois fiz concurso para professora e para coordenadora. Eu convoco toda a sociedade baiana para dizer não a esta medida descabida deste senhor (Marcelo Oliveira). A nossa Constituição Federal prevê o direito à Educação para toda a população, inclusive aqueles que tiveram os seus direitos negados em algum momento da vida, quando eram crianças ou adolescentes e não tiveram acesso à escola. Não podemos aceitar que os sonhos dos nossos jovens e dos nossos idosos sejam ceifados por esse senhor. Não vamos aceitar essa ditadura", protestou ela.
"É vergonhoso o comportamento deste governo. O secretário Marcelo Oliveira saiu pelas portas dos fundos, sem dialogar com a categoria. É explícito que essa é uma política racista. O público que tem seu direito negado é majoritariamente negro e periférico", afirmou o deputado estadual Hilton Coelho.