NotíciasCidade"Dói demais saber que ela não vai voltar", diz mãe de Cristal, morta em Salvador

"Dói demais saber que ela não vai voltar", diz mãe de Cristal, morta em Salvador

Sandra Rodrigues estava com a filha no momento em que o crime aconteceu

| Autor: Redação
"Dói demais saber que ela não vai voltar", diz mãe de Cristal, morta em Salvador

Foto: Reprodução/TV Bahia

O caso da estudante Cristal Rodrigues Pacheco, que foi morta durante uma tentativa de assalto em Salvador, chocou a população baiana. Nesta quinta-feira (4), em entrevista à TV Globo, a mãe da vítima, Sandra Rodrigues, relatou sobre o sentimento de tristeza ao ter contato com os pertences da filha. 

"Desarrumar a mochila, ver também as roupinhas, o cheirinho dela que não vou sentir mais... Isso está me machucando muito, me fragilizou demais. Eu já não estava bem e agora, só de mexer e ver as coisas... Dói demais saber que ela não vai voltar", disse. 

Sandra e sua filha mais nova, de 12 anos, estavam com Cristal no momento do crime. A adolescente estava indo para escola, há poucos metros onde o caso aconteceu, quando as três foram abordadas por duas suspeitas. Uma das mulheres anunciou o assaltou e Cristal informou que não tinha celular. 

"Ela [uma das assaltantes] disse: 'Você tem um relógio e tem a aliança'. Abaixou a cabeça e me mostrou realmente uma arma de fogo que era pequena. Ela estava com uma faca estilo açougueiro, com um cabo branco. No manuseio [da arma] ela acabou acertando minha filha, que estava um metro afastada de mim, encostada no muro", contou Sandra.

"Eu vi o disparo e vi minha filha desfalecendo. Elas não levaram nada, saíram correndo para o outro lado da rua e fui tentar aparar minha filha. Infelizmente foi tudo tão rápido, ela foi a óbito e meu desespero foi tamanho", continuou. 

A primeira suspeita, identificada como Gilmara Daiam de Sousa Brito, foi presa no mesmo dia do crime. Na manhã desta quinta-feira (4), a segunda suspeita, identificada como Andreia "Rasta", se apresentou na sede do Departamento de Homicídios da Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, acompanhada de um advogado, e confessou ter atirado em Cristal.

"É muito doloroso ainda, tudo muito recente. Uma ferida que não vai cicatrizar facilmente. Eu, minha família, meu esposo e principalmente minha pequena, que presenciou todo o acontecido, estamos sofrendo muito", disse Sandra Rodrigues.

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