Diretor admite erro após atores serem baleados em gravação: "Faltou atenção nossa"

Dois atores foram baleados pela Polícia Militar enquanto participavam de uma gravação no bairro de Cosme de Farias, em Salvador. Após o incidente, o diretor da filmagem, Rodrigo Batista, reconheceu a falha na produção e isentou os policiais de culpa.

O caso aconteceu enquanto a equipe recolhia os simulacros de armas utilizadas na filmagem. Segundo Batista, o grupo estava em via pública no momento da abordagem policial. Com a chegada repentina da PM, algumas pessoas correram, e dois atores acabaram baleados.

"Acabou a gravação, e nós recolhemos as armas para guardar na caixa. Guardamos em uma via pública, que dá para ver tudo. Infelizmente, a polícia estava entrando na rua e viu a multidão, e alguns com armas nas mãos", explicou o diretor.

Nesse instante, os policiais dispararam. Batista conta que um dos envolvidos conseguiu se proteger e gritou que se tratava de uma filmagem, o que fez os agentes compreenderem a situação. "A polícia não tem culpa de nada. Foi um desacerto da gente. Infelizmente fomos guardar as armas em uma via de passagem. Faltou atenção nisso nossa", afirmou.

O diretor do Fatos de Favela revelou ainda que um dos atores foi atingido no rosto.

Versão da PM

Em nota, a Polícia Militar informou que estava no bairro para prestar apoio a equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e que, ao chegar ao local, os agentes visualizaram cerca de 10 pessoas portando o que pareciam ser armas de fogo.

Um dos homens detidos explicou que o grupo realizava uma filmagem para as redes sociais. Durante a abordagem, foram apreendidas 25 réplicas de armas de fogo, incluindo pistolas, submetralhadoras, fuzis, carregadores e até um rádio comunicador.

A corporação também destacou que os simulacros não possuíam a coloração laranja na ponta, um indicativo obrigatório para diferenciar réplicas de armamento real.