Cozinhas comunitárias em Salvador levam alimento e esperança às comunidades
Iniciativa do programa Bahia Sem Fome leva comida caseira e solidária para moradores de diversas comunidades da capital baiana, promovendo inclusão e apoio social

Foto: Matheus Santos
Em meio à rotina agitada de Salvador, o cheiro gostoso de comida caseira das 32 cozinhas comunitárias e solidárias, beneficiadas pelo programa Bahia Sem Fome (BSF), atrai olhares e aquece corações. Uma dessas cozinhas, na Avenida Ogunjá e operada pela Associação Filhos de Bárbara (Assifba), é um exemplo vivo de como políticas públicas podem mudar vidas, como a de Dona Jeane Magalhães, 52 anos.
Jeane, moradora da comunidade Viver Melhor, no Engenho Velho de Brotas, conta com gratidão sua história: "Eu não tenho renda fixa, sobrevivo catando latinhas, e estou muito feliz por ter uma refeição todos os dias. Que Deus abençoe esse projeto." Sua trajetória se cruzou com a da Assifba, onde conheceu Pai Roberto de Iansã em uma fila da Cesta do Povo há alguns anos. Hoje, a organização distribui 600 marmitas de segunda a sexta-feira não só no Ogunjá, mas também em áreas próximas como Alto do Siena, Vila São Cosme e Pituaçu.
"O tempero é feito com amor, as pessoas são dedicadas, chegam aqui às seis da manhã. Os cozinheiros não moram por perto, então acordam cedo. Recebem salário? Sim, mas estão aqui por amor e emoção", destaca Pai Roberto sobre a equipe de sete pessoas que diariamente elabora, prepara, arruma e entrega as marmitas.
A visita recente de Tiago Pereira, coordenador-geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome, à cozinha da Assifba não apenas elogiou a qualidade da comida, mas também enfatizou o impacto social positivo: "Mais do que simplesmente fornecer comida, é garantir que a política pública ajude quem mais precisa. Estamos aqui não só para ver como os alimentos são preparados, mas também para experimentar e entender como essas refeições estão sendo servidas à população vulnerável desta capital."