Cinco pessoas são resgatadas em situação análoga à escravidão no Lollapalooza
Em comunicado ao público, o festival informou que a situação foi um caso isolado
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Cinco profissionais que estavam trabalhando no Lollapalooza foram resgarados, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em São Paulo, nesta terça-feira (23), em situação análoga à escravidão. A informação é do Metro 1.
Eles trabalhavam como carregadores de bebidas com jornada de 12 horas diárias. Um dos resgatados contou ao jornal que após transportar a carga tinha que ficar supervisionando a mercadoria. "Era obrigado pela chefia a ficar na tenda de depósito, dormindo em cima de papelão e dos paletes, para vigiar a carga", afirmou.
Rafael Brisque Neiva, auditor fiscal que participou da operação de resgate dos funcionários, informou que o grupo atuava sem os devidos registros trabalhistas, além de dormir dentro de uma tenda e acomodar no chão.
O inspetor do Trabalho Rafael Augusto Vido da Silva afirmou que não tem dúvidas que a empresa a qual os trabalhadores prestavam serviço, foi omissa em toda situação e faltou "Com a devida diligência no seu dever legal de fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista por parte da contratada".
Em nota ao público, o Lollapalooza garantiu que a situação foi um acaso isolado e que já encerrou a relação com a empresa que prestava serviço no local. De acordo com o festival, os profissionais em questão trabalharam durante 5 dias dentro do Autódromo de Interlagos.