Baiana entra na brincadeira com lançamento do filme Barbie e vende acarajé rosa
Expectativa pelo longa, que chega aos cinemas em 20 de julho, foi motivo do desafio para vendedora de acarajé na Bahia
Foto: Reprodução/ Instagram
O desafio do acarajé da Barbie virou polêmica em Salvador. Após a vendedora Adriana Ferreira dos Santos divulgar o quitute cor de rosa, em referência ao filme sobre a boneca Barbie, que estreia nesta semana, o acarajé colorido virou alvo de críticas, entre elas da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM). As informações são do g1
A presidente da entidade, Rita Santos, disse que o bolinho na cor rosa não representa as tradições da venda do acarajé. O ofício das baianas de acarajé é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
"É um patrimônio, não só o ofício, mas também o nosso acarajé. Para mim (o acarajé cor de rosa) também não é acarajé, é simplesmente um bolinho de feijão. E ela não pode ser chamada de baiana", criticou Rita Santos.
"Temos dois termos: a baiana de acarajé, de fato e de direito, que são aquelas que preservam a nossa cultura, que valorizam os nossos antepassados, e aquelas meramente vendedoras, que vão vender pelo dinheiro. Essa é uma que está vendendo pelo dinheiro. Ela não valoriza o nosso legado, ela não valoriza o nosso patrimônio", continuou a presidente da ABAM.
A líder da associação disse que a ação de Adriana Ferreira desvaloriza além do ofício da baiana do acarajé, a cultura negra. Ela ainda criticou a atenção dada à boneca Barbie.
"Os brancos não valorizam o que é nosso, porque vamos valorizar o que é deles? Nós, o estado da Bahia, o maior em número de pessoas negras, temos que valorizar o que é nosso, dos pretos, porque vamos dar 'Ibope' para Barbie?"
A criadora do acarajé cor de rosa se defende e diz que foi apenas uma brincadeira feita para esta semana, quando o filme chega aos cinemas.