À polícia, Renato Kalil diz que esposa morta tinha “irritabilidade frequente”
A nutricionista Ilana Kalil foi encontrada morta na madrugada desta segunda-feira (14)

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O ginecologista Renato Kalil prestou depoimento à polícia sobre a morte de Ilana Kalil, sua esposa. Na madrugada desta segunda-feira (14), a nutricionista e instrumentadora foi encontrada morta com um tiro na cabeça dentro de casa, em São Paulo. Ilana tinha 40 anos, era formada em nutrição, mas trabalhava como instrumentadora cirúrgica de Renato, com quem tinha duas filhas.
Kalil afirmou que a vítima tinha "irritabilidade frequente" e que os dois haviam discutido na noite de domingo (13). Segundo o portal Universa, Renato também declarou que Ilana tomava medicamentos controlados e, nos últimos dois anos, a esposa apresentava problemas com mais frequência.
De acordo com o ginecologista, a esposa estaria irritada com o seu perfil oficial do Instagram. Na última publicação, a vítima escreveu: “Fui censurada de novo. E lá vai.... Quem viu, viu. Quem não viu não vai ver mais. E viva a ditadura”.
No boletim do ocorrência registrado na 89ª Delegacia de Polícia de São Paulo, um disparo de arma de fogo causou a morte da nutricionista, que foi registrada como suicídio consumado. O corpo de Ilana Kalil foi encontrado na casa do casal, no bairro Jardim Guedela, na região do Morumbi, em São Paulo. O boletim pede o exame residuográfico para identificação de vestígios de pólvora.
No depoimento, o ginecologista disse que o casal foi dormir por volta de uma hora da manhã de domingo (13) para segunda (14), mas, que cerca de 40 minutos depois, a esposa levantou e foi para sala, no andar inferior da casa, por não conseguir pegar no sono. Só por volta das 3h40 ele teria ouvido um tiro. Kalil diz ainda que a mulher teria enviado uma mensagem para ele se despedindo. Ao entrar na sala, a encontrou morta e em cima da mesa estava uma garrafa de bebida e uma carta de despedida. Foi quando pediu ajuda para os seguranças do condomínio e para a polícia.
Segundo Kalil, a arma do crime pertencia ao pai do ginecologista, estava escondida e em situação regular. Ele afirmou que a mulher não sabia manusear armas.