A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf) anunciou em nota à imprensa, divulgada na sexta-feira (6), que vai recorrer dentro do prazo legal da decisão judicial que determina que a empresa assuma a culpa das falhas de administração da Barragem da Pedra, em Jequié.
No dia 26 de dezembro de 2022 o Rio de Contas apresentou uma das maiores cheias de sua história. Em três dias, o volume útil saltou de 65% para 93%, e as comportas precisaram ser abertas. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) entrou com uma ação civil pública no dia 30 de dezembro, acatada pela Justiça no dia 3 deste mês.
No texto, a Chesf afirma que a operação realizada na usina foi correta e necessária, e que obedeceu todos os procedimentos de segurança necessários. A empresa ainda pontuou na nota que o os niveis de água observados ultrapassariam o que foi visto durante os dias de chuva, no final de 2022.
Nota
Eletrobras Chesf esclarece que vai apresentar sua defesa no prazo legal, demonstrando que a operação realizada no Reservatório da Usina da Pedra, na Bahia, foi correta e necessária, considerando as intensas chuvas ocorridas nos dias 24 e 25 de dezembro de 2022.
Informa também, que irá apresentar, no prazo legal, o recurso cabível contra a decisão judicial proferida.
A Empresa reafirma que a operação obedeceu os procedimentos de segurança, reduzindo as consequências das fortes chuvas ocorridas.
Sem a operação correta do reservatório, a vazão nas comunidades a jusante da barragem teria chegado a 4.500 metros cúbicos por segundo, muito superior aos valores observados, com impactos ainda maiores para a população.
O vertimento realizado foi necessário para conter a vazão dentro dos limites verificados e para evitar que a barragem entrasse em estado de emergência.
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