Presidente Lula sanciona Dia Nacional do Funk
Reconhecimento oficial destaca impacto social e cultural do gênero que nasceu nas periferias e conquistou o Brasil
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nesta terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou o Dia Nacional do Funk, que será comemorado anualmente em 12 de julho. A iniciativa, proposta pelo ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, visa destacar o funk não apenas como um gênero musical, mas como uma forma de expressão cultural que emergiu das periferias e ganhou projeção nacional e internacional.
A trajetória do funk brasileiro remonta ao final dos anos 1980 e início dos anos 1990, no Rio de Janeiro, influenciado pelo funk americano, mas adaptado às realidades das favelas cariocas. Inicialmente estigmatizado e associado a estereótipos negativos, o funk consolidou-se ao longo dos anos como uma expressão artística autêntica e poderosa.
Artistas como MC Marcinho, Cidinho & Doca e Claudinho & Buchecha foram fundamentais para popularizar o gênero nos anos 1990, transformando-o em parte essencial da cultura urbana brasileira. Nos anos 2000, o surgimento do "funk carioca" trouxe novas vertentes que refletiam aspirações sociais das comunidades periféricas.
Lula, em uma declaração no Instagram, ressaltou que o reconhecimento do Dia Nacional do Funk vai além da música, sendo uma forma de valorizar e empregar a juventude das periferias, além de dar visibilidade aos talentos locais. Ele descreveu o funk como uma plataforma de transformação social que merece ser celebrada.
Atualmente, o funk brasileiro é um fenômeno cultural diversificado, com artistas como Anitta, Ludmilla, Kevin O Chris e MC Livinho ampliando sua influência dentro e fora do país. A música tornou-se uma plataforma de expressão para milhões de brasileiros, celebrada em festas, eventos e reconhecida internacionalmente. Com a sanção do Dia Nacional do Funk, o governo brasileiro reconhece oficialmente o impacto positivo desse gênero na sociedade, destacando sua capacidade de promover inclusão social, empoderamento e representatividade para as comunidades periféricas.